Os alunos com deficiência têm necessidades especiais em relação à aprendizagem. Veja como realizar um acolhimento e planejamento de aula mais adequado!
Todos, em sua complexidade, são diferentes entre si.
Não haveria de ser diferente em relação às pessoas com deficiência ou às pessoas com necessidades especiais voltadas aos processos de aprendizagem.
Cabe sempre a um professor criar aulas que possam sempre ser inclusivas, para aqueles que têm necessidades especiais já manifestadas e também para aqueles que aprendem de formas diferentes.
Quando criamos um plano de aula ou um plano de trabalho, é essencial atentarmos a essas diferenças e não haveria de ser diferente por conta das aulas remotas, presenciais ou híbridas neste período de pandemia.
Veja, a seguir, algumas reflexões que podem nortear a jornada educacional de um aluno com deficiência em suas aulas remotas e presenciais!
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Educar é acolher
Acolhimento é sempre a palavra que deve nortear as práticas pedagógicas de um professor, de uma escola e também de uma família.
Assumimos que o acolhimento tem essa importância porque é quando acolhemos verdadeiramente um aluno, em todas as suas especificidades e complexidades, que o reconhecemos, de fato, como alguém que tem necessidades diferentes daquelas dos outros.
Isso acontece em todas as formas de educação, seja ela a educação especial ou não e, portanto, deve sempre ser buscada e aplicada de maneira integral por todas aquelas pessoas envolvidas diretamente nos processos educacionais.
Quando se trata de uma pessoa com deficiência ou de um aluno com necessidades especiais em relação à sua aprendizagem, comunicação, memória ou registro, isso se dá de maneira ainda mais potente e, obviamente, requer ainda mais atenção.
Em sala de aula, em um formato presencial, o aluno com deficiência geralmente tem o apoio de um professor que o acompanha o tempo todo, aplicando e acompanhando o desenvolvimento de suas atividades, que são propostas pelo professor da disciplina ou pelo pedagogo regente.
Já em um momento em que se faz necessário que a aula seja feita de forma remota, esse acompanhamento deve se adaptado, o que requer sim o esforço, comprometimento e dedicação do professor.
A adaptação de atividades pedagógicas não deve supor a facilitação enquanto requisito de aprendizagem, mas, sim, a adequação de tudo aquilo que é apresentado ao aluno para atender às suas necessidades e especificidades.
No entanto, isso só é possível de acontecer de forma plena quando há reconhecimento por parte do professor, acolhimento, esforço, dedicação e, sim, estudo.
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Estabeleça pontes com as famílias dos alunos com deficiência, acolhimento é importante sobretudo em período de pandemia
Através da comunicação que se estabelece com a família de um aluno com deficiência, é possível acompanhar as necessidades que ele apresentar para a realização das suas atividades, bem como suas dificuldades.
No entanto, é sempre muito importante deixar claro que é essencial que sejam respeitados os momentos da família, ainda que esses momentos sejam mais silenciosos e mesmo quando eles demorem a passar.
Em época de pandemia, as famílias podem se deparar com questões relacionadas à saúde de familiares, de amigos, de parentes próximos à criança, que pode ter também mais dificuldade para compreender e lidar com seus próprios sentimentos em relação a isso.
Portanto, a educação inclusiva também deve pressupor essas necessidades, esse tempo, essas especificidades e manter sempre um canal de comunicação aberto, franco e claro com as famílias dos alunos que podem ter também dificuldade em ensinar.
Isso não quer dizer, no entanto, que a qualquer complicação que surja devemos, enquanto educadores, interromper nossas atividades.
É fundamental que sempre busquemos por formas de levar conteúdos basilares do currículo e previstos, segundo a BNCC, para cada nível educacional dos nossos alunos.
No entanto, é igualmente fundamental que sempre estejamos atentos às formas que cada um têm de aprender e adaptemos as atividades para atendê-las.
Com o distanciamento social, obviamente, isso só é possível com o devido suporte familiar e com o retorno dos familiares sobre os avanços do aluno.
Assim, temos resultados que representam o processo educacional como um todo, o desenvolvimento do aluno como um todo e, também, todas as suas necessidades e complexidades sempre esclarecidas e ao alcance da nossa intervenção.
Assista à entrevista com a psicopedagoga Eliane Costa sobre a Síndrome de Down clicando aqui.
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