O termo tem origem da palavra inglesa bully, que significa “valentão”. Na Língua Portuguesa, podemos interpretar como “intimidação”.
O bullying é um fenômeno que vem ganhando mais atenção da comunidade escolar e da psicologia nas últimas décadas. É um fenômeno universal que geralmente ocorre em áreas da escola onde não há supervisão.
Estudos indicam que a faixa etária mais acometida pelo bullying é dos 11 aos 14 anos, mas, como identificar a ocorrência do bullying na escola? Existem algumas definições que podem auxiliar não só os professores, mas toda a comunidade escolar nessa identificação. No bullying, as ações são dolorosas, repetitivas, intencionais e há uma disparidade de força física ou psicológica entre o agressor e o agredido.
Sabemos que no convívio escolar existem brincadeiras corriqueiras e brigas pontuais entre os alunos de todas as idades. Porém, é preciso saber diferenciá-las do bullying. O bullying possui intensidade e frequência de ações que prejudicam, física ou psicologicamente, o outro e, após essas ações, não há pedido de desculpas.
Para uma melhor compreensão e até mesmo identificação, o bullying pode ser classificado em:
Físico: Formas diversas de agressão;
Verbal: Comentários, provocações, apelidos e ameaças;
Relacional: Humilhação, exclusão e difamação.
As personagens do bullying também são classificadas e possuem algumas características gerais:
Autores: Impulsivos, pouco empáticos e enxergam a agressividade como qualidade;
Alvos: Frágeis, pouca habilidade social e não reagem;
Testemunhas: Inseguros e têm medo de se tomarem o alvo.
Dentre os alvos do bullying, 41% não revelam o que estão sofrendo por vergonha ou por temerem que a situação piore. Há relatos também de que muitos não contam porque não querem preocupar os pais. Por isso, é muito importante que a comunidade escolar esteja atenta a alguns sinais que revelam a existência do bullying como queda do rendimento escolar, mudança repentina de hábito, alterações emocionais como tristeza, irritabilidade, ansiedade, falas sobre suicídio, entre outros.
Medidas profiláticas como debates, pesquisas, campanhas relacionadas ao tema podem ser assertivas no combate ao bullying. Além disso, estimular a empatia e a cooperação durante as atividades e discutir a necessidade de respeitar as especificidades de cada um é essencial para o trabalho de conscientização.
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* Vanessa Leite possui certificação APL – Apple Professional Learning é Historiadora e Pedagoga. Foi professora de Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e atuou na Educação de Jovens e Adultos por sete anos. Pós-graduanda em Gestão Escolar na USP é Analista de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Educacionais, articulista de blogs educacionais e atua na área da Educação há mais de 10 anos.