Reabertura da escola: como se organizar para que esse momento seja mais seguro e tranquilo para todos? Veja nossas dicas.
O ano de 2020 trouxe desafios totalmente inesperados para a escola. Além das demandas já conhecidas, como reduzir níveis de evasão, elevar a participação da família na vida escolar do aluno e melhorar a infraestrutura dos espaços escolares, lidar com as novidades trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) também passou a exigir envolvimento, engajamento e esforços.
E, em meio a tudo isso, surgiu uma pandemia que ninguém previa. Com ela, suspensão de aulas, realização de atividades a distância, treinamentos de professores, entre tantas outras situações precisaram ser administradas com pouco tempo e grande eficiência.
Agora, chega o momento de começarmos a planejar a reabertura da escola pós-período de isolamento social. Após cerca de quatro meses com as instituições fechadas, aos poucos e conforme a realidade local, começa-se a estruturar um retorno. Embora em diversos estados as escolas da rede particular estejam planejando um retorno para julho, em escolas públicas de locais como São Paulo, por exemplo, isso deverá ocorrer em setembro.
No entanto, tudo isso é mutável e é preciso acompanhar decretos, normas e recomendações diariamente para fazer as adequações com segurança e empatia. Assim, confira, a seguir, algumas dicas para gestores, diretores e professores começarem a planejarem-se para lidarem e liderarem o retorno pós-isolamento social. Acompanhe.
Volta às aulas escalonada
Ao que tudo indica, o retorno à rotina escolar presencial deverá ocorrer de forma escalonada, com grupos pequenos de alunos e com turmas reduzidas, de modo a evitar aglomerações de pais e alunos nas ruas e nos espaços escolares.
É possível que se adote um modelo de rodízio no qual uma parte da turma frequente a escola em certos dias da semana e a outra parte nos outros dias.
Portanto, é preciso preparar ambientes e as equipes para esse tipo de cenário, buscando nas ferramentas digitais formas de manter o contato, o apoio e a proximidade entre todos os grupos.
Adequação do planejamento pedagógico e avaliação diagnóstica
Para planejar a reabertura da escola pós-isolamento social, também será preciso realizar avaliações diagnósticas para verificar a retenção de conhecimentos durante o ensino remoto e conforme a faixa etária dos alunos. Assim, será possível detectar defasagens acentuadas nesse período de afastamento visando saná-las e promover uma melhor equiparação das turmas.
A partir disso, será possível desenvolver um plano de reposição de aulas, de ensino híbrido e de reforço de conteúdos, ajustando o planejamento e o calendário escolar. É importante buscar um envolvimento da família e mantê-la bem-informada sobre todas essas novidades e ajustes.
Protocolos de segurança e adaptações dos ambientes da escola
Para a reabertura, é crucial tomar todos os cuidados com a saúde, a proteção e a segurança da equipe da escola, dos familiares, alunos e demais membros da comunidade escolar.
Por isso, instituir e seguir protocolos de medidas sanitárias e de distanciamento social é primordial nesse momento.
Veja algumas ações que poderão contribuir para isso:
Reorganizar todos os ambientes de circulação para se manter o distanciamento mínimo recomendado pelas autoridades sanitárias;
Reposicionar mesas, classes e cadeiras para manter maior distanciamento;
Programar as rotinas realizando diferentes intervalos, de modo a evitar uma maior circulação de pessoas ao mesmo tempo nos ambientes;
Disponibilizar álcool em gel em locais de fácil acesso;
Instituir o uso de máscaras e manter uma reserva delas para situações emergenciais;
Fazer a desinfecção do solado dos calçados para ingresso nos ambientes internos;
Aferir a temperatura corporal na entrada da escola;
Fazer a demarcação do chão para facilitar o respeito ao distanciamento recomendado entre pessoas;
Afastar alunos e membros da equipe que apresentem sintomas de COVID-19 e alertar as autoridades de saúde de sua cidade sobre diagnósticos confirmados;
Manter ambientes arejados;
Entre outras.
Apoio emocional
A súbita mudança de rotina, o isolamento social e tantas outras novidades e adversidades podem contribuir para que professores, alunos e demais profissionais das escolas apresentem desgaste e transtornos emocionais.
Nesse momento tão difícil para todos, é preciso flexibilidade, paciência, compreensão e empatia. Na escola, todos devem se sentir acolhidos e encontrar um espaço seguro também emocionalmente.
Por isso, é importante que orientadores educacionais estejam preparados para esse novo cenário. Deve-se avaliar o uso de ferramentas digitais para conectar famílias, professores e alunos e promover interações entre todos. Para os professores, é importante fornecer formações e apoio para que eles consigam se ajustar a todo esse cenário.
Se não houver verba específica para fornecimento de apoio psicológico, pode-se avaliar o desenvolvimento de parcerias com profissionais de saúde, hospitais e consultórios psicológicos da comunidade.
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