As competências socioemocionais são o conjunto das nossas habilidades desenvolvidas que nos ligam a nós mesmos e aos outros. Entenda!
Quando falamos sobre as competências socioemocionais, tratamos de tudo aquilo que envolve nossa relação com o outro e, a partir disso, com nós mesmos.
Portanto, podemos entendê-las como um processo dialético que envolve empatia, compreensão, acolhimento, aceitação e demais emoções que nos conectam a nós mesmos e aos outros.
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O que são as competências socioemocionais
Antes de conceituarmos o que é competência socioemocional, é necessário refletirmos sobre o que verdadeiramente nos torna capazes de viver em sociedade.
Muitos podem falar que a nossa sociedade é permeada por leis que regulamentam a nossa ação, e que isso é aquilo que faz com que nos tornemos capazes de viver em comunidade.
No entanto, se nem todos conhecem as leis em sua integralidade, não são elas que orientam a nossa ação social.
O que fundamenta a nossa relação conosco e com os demais não pode ser encontrado em artigos de uma lei, mas sim em como nós de fato nos comportamos uns com os outros.
Em sala de aula e no ambiente escolar como um todo, essas atitudes e comportamentos não passam despercebidos, sobretudo porque é nesse espaço que as pessoas convivem, primeiramente, com aquilo que difere delas.
Assim, portanto, é o espaço primordial para que possamos desenvolver competências socioemocionais, que são, dentre outras:
A capacidade de assumir uma postura colaborativa;
A ação que contribui para a solução de problemas;
A habilidade de lidarmos com nossas emoções;
A atitude intermediadora e apaziguadora;
O autocontrole e o autoconhecimento.
Dentre muitas outras, essas atitudes demandam o conhecimento do que é o outro e, por conseguinte, também do que nós somos.
Assim, quando há a formulação de um espaço em que essas habilidades sejam estimuladas e priorizadas, temos também a educação para competências socioemocionais.
É possível ensinar essas competências na escola?
Sim e não.
O que é possível e o que deve ser estimulado é priorizar ações ou respostas que usem competências socioemocionais positivas, isto é, se não for possível ensinar a colaborar, deve-se estimular a prática de atividades em grupo que realmente possam mobilizar cada um para que haja um resultado global.
Se não é possível ensinar a se autoconhecer, que seja possível investir em artes, em prática de esportes e respeitar os gostos de cada um.
E também, se não podemos educar para que reconheçamos nossos sentimentos, que possamos não criar um ambiente onde os sentimentos são frequentemente ignorados.
As competências socioemocionais para o futuro da educação
Com a inserção mais frequente das tecnologias voltadas à educação, perceberemos uma mudança radical sobre a nossa forma de pensar um processo educativo.
Com a entrada cada vez mais rápida das tecnologias voltadas à educação, também desenvolveremos um mundo mais complexo, isto é, um mundo em que o isolamento e o pensamento em clusters não será mais uma opção viável.
Com isso, o Século XXI trará também para a educação uma enorme mudança de paradigmas, em que a colaboração será peça-chave, sobretudo porque, com o avanço da comunicação e da velocidade com que isso ocorre, nossas fronteiras pessoais também se tornam mais maleáveis.
Se antes tínhamos a conservação do espaço pessoal e das características de cada um como basilares da construção do indivíduo, teremos cada vez mais o coletivo sendo priorizado, e não de forma homogeneizadora. É justamente para que o indivíduo se favoreça que o coletivo será ainda mais importante.
Assim, nossas habilidades individuais - sobretudo aquelas que nos conduzem a nos autoconhecermos - serão ainda mais valorizadas, principalmente porque é através delas que poderemos contribuir de forma mais intensa para a construção de uma sociedade que realmente possa valorizar a produção coletiva, e não só a individual.
E, mais do que isso, que possa valorizar a contribuição de ações individuais como constituintes do coletivo.
Isso já é possível de se observar em empresas de diversos segmentos que apostam cada vez mais em competências socioemocionais e que, de certa forma, nos antecipam para esse futuro também educacional.
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Assista também à Pílula da Educação sobre o assunto: