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Complexidade do ser e do saber

Atualizado: 7 de nov. de 2022

*por Maurício Fernandes Pereira

O ser humano que se distingue dos demais seres, por suas características e identidade, torna-se sujeito a partir de seu processo organizador, jamais podendo dissociar desse processo o mundo exterior; então, trata-se de uma auto-eco-organização.


É preciso que se considere a crise e as incertezas que as sociedades vivem hoje. É uma crise planetária, que pode ser enfrentada com a queda das fronteiras da ciência e do saber, que são complexos. Essa possibilidade está na reformulação do pensamento.


Trata-se de substituir o pensamento linear e simplista por um pensamento complexo, capaz de considerar todos os aspectos que o compõem. Vida e ciência caminham de mãos dadas: onde há vida, há ciência, e onde há ciência, há vida... Nessa relação, o ser humano se desenvolve, se organiza e se transforma, impactando a natureza. Como sujeito, procede a auto-eco-organização, considerando, para isso, os princípios de ordem, desordem e organização.


Não obstante isso, podemos constatar que o planeta vive hoje uma crise sob todos os aspectos, mas se nos lembrarmos do conceito chinês de crise, veremos que ela é composta pelos caracteres de perigo e oportunidade; perigo pela destruição que vem ocorrendo na natureza pelos seres humanos e oportunidade, como caminho para a transformação. Para essa transformação autores apontam novos paradigmas.


Edgar Morin, por exemplo, fala do paradigma da complexidade, que influi sobremaneira na educação, que abrange todas as áreas do conhecimento. Morin sugere a trans-disciplinaridade como a maneira de se romper os limites entre as disciplinas, que fragmentam o saber e a visão de educadores e alunos.


Sugere como única saída, para o enfrentamento desse limite, a substituição de um pensamento que isola e aprisiona, para um pensamento que une e liberta: o pensamento complexo. Para que isso seja possível, é necessária uma consciência reflexiva de si e do mundo, uma nova ética da solidariedade, que implica em mudança de atitude e perspectivas diante da vida.


 

*Maurício Fernandes Pereira é Secretário Municipal de Educação de Florianópolis

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