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O que os dados do Ideb 2019 dizem sobre a aprendizagem dos alunos?

Os avanços que o Ideb 2019 revelou ainda estão distantes dos objetivos e desejos formulados para a educação brasileira.

O Ideb - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - é divulgado a cada dois anos e serve como uma ferramenta tanto de planejamento quanto de diagnóstico para a educação.


Essencial, medir os resultados das avaliações realizadas no sistema educacional brasileiro é um esforço significativo, sobretudo quando observamos as dimensões continentais do Brasil.


Através dos resultados, é possível comparar a educação entre municípios e entre estados, bem como as estratégias utilizadas, desenvolvidas ou aplicadas em cada um, observando também formas de melhorar as que o nosso próprio local as aplica.


No entanto, para além dos números e dos gráficos, o que efetivamente apontam os dados do Ideb?


Para além das competências relacionadas à escrita e à leitura, de analisar de forma crítica as informações propostas em um exercício ou em uma questão e de dar instrumentos para que um aluno possa desenvolver suas potencialidades, o Ideb também visa mensurar de que forma se avança na avaliação de critérios objetivos de aprendizagem.



O Ideb 2019: resultados objetivos


Em termos objetivos, o Ideb 2019 diagnosticou avanço em todas as etapas de ensino, ainda que de forma diferente.


Veja os dados:

2017 2019

Anos iniciais - Ensino Fundamental 5,8 5,9

Anos finais - Ensino Fundamental 4,7 4,9

Ensino Médio 3,8 4,2


Ensino Médio


Os resultados do Ensino Médio em 2019 apontam para uma melhora significativa da avaliação realizada entre os alunos, quando em comparação ao ano de 2017, mas ainda ficou longe da meta de 5 pontos, que é a estabelecida pelo MEC, através do Governo Federal.


No entanto, essa melhoria pode estar relacionada à maior participação dos colégios de Ensino Médio na avaliação, que vem aumentando conforme o avanço dos anos.


Outra ressalva é que os dados são amostrais e, portanto, não refletem os resultados efetivos de como a Secretaria de Educação de um estado ou de um município focou seus esforços e, a partir deles, conquistou seus resultados individualizados.


A expansão da avaliação para estudantes do terceiro ano do Ensino Médio também permitiu uma melhora dos resultados, sobretudo quando observamos que o esforço dos professores, da equipe pedagógica e da direção também exercem uma influência positiva sobre os dados.


Assim, podemos observar que, no tocante ao Ensino Médio, a preocupação também é relacionada à forma como os dados são expostos para a comunidade escolar e, ainda, com a aprovação dos alunos em vestibulares.


Assim, com tantos dados a favor - ainda que as políticas públicas tenham um peso muito significativo, sobretudo nos lugares em que são ineficientes - de uma avaliação positiva da educação básica em sua etapa final, podemos afirmar que há, sim, um esforço e um comprometimento maior por parte das escolas e dos alunos para a realização da prova do Ideb.


Por fim, ainda se constata que, apesar da melhora, ela tem sim um efeito bastante limitado, sobretudo porque sem políticas públicas para a educação básica os resultados continuarão longe de suas metas e a educação, por fim, longe da qualidade que o brasileiro não só deseja como merece.



Ensino Fundamental II


Na segunda etapa do Ensino Fundamental observou-se que menos de 20% dos alunos da rede pública tiveram um aprendizado adequado dos conteúdos do currículo de Matemática ao fim do nono ano.


Já em Língua Portuguesa, os resultados são de 35,9%.


Seja em uma disciplina, seja em outra, o desempenho ainda é baixo e longe de ser aquele que se espera.


Ensino Fundamental I


Já nos anos iniciais do Ensino Fundamental, apesar do aumento discreto, na série histórica o aumento é de 2,1 pontos na série histórica.


O avanço significativo é atribuído aos investimentos realizados pelas Secretarias de Educação dos municípios, além do maior envolvimento das famílias e, ainda, das melhorias nos processos de ensino e de aprendizagem, bem como nas avaliações diagnósticas realizadas dentro de cada escola e do foco em formação continuada dos professores.



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