Você conhece a disciplina positiva? Saiba mais sobre essa teoria e aprenda a aplicá-la em sala de aula!
A Disciplina Positiva surgiu muito antes do que se imagina. Porém, esse termo começou a se popularizar nos últimos anos, por meio das redes sociais, como uma contrapartida para disciplina pela punição.
Afinal, viemos de décadas de pais e professores que utilizam castigos, chantagens e ameaças para obter obediência. Há menos de um século, a violência física era aplicada como forma disciplinar nas escolas.
Porém, a Disciplina Positiva traz uma abordagem diferente e demonstra resultados permanentes. Quer saber mais? Continue a leitura!
O que é a Disciplina Positiva?
A Disciplina Positiva é uma prática que surgiu no pós Primeira Guerra Mundial. Ela se baseia nos estudos de Alfred Adler e Rudolf Dreikurs, dois psiquiatras. Em suas pesquisas, eles concluíram que a transmissão de conceitos de resiliência, responsabilidade e respeito é a maneira mais eficiente de educar.
Essa teoria se baseia no aprendizado mútuo. Ou seja, ainda que os adultos ensinem às crianças, o processo inverso também acontece. O afeto e o respeito são essenciais para que essa troca aconteça e se solidifique.
A Disciplina Positiva também reforça que a criança deve se tornar parte da sociedade em que vive de forma ativa. Não só apenas no âmbito familiar ou escolar, mas no bairro onde vive e em todos os lugares onde circula. Isso auxilia a criança a compreender como suas ações afetam o mundo a sua volta.
Essa disciplina não se aplica apenas em casa. Ela pode ser utilizada por todos que convivem com a criança. Inclusive, por professores.
Na teoria, a ideia é ótima. Mas como isso pode ser aplicado na prática?
Assista ao vídeo sobre neurociência e educação:
Como aplicar a Disciplina Positiva na Educação Infantil?
A Disciplina Positiva rejeita castigos, gritos ou violência como forma de disciplinar. Nela, o respeito, o afeto e o diálogo são as principais ferramentas para resolver conflitos.
Um ponto muito importante dessa teoria é que a responsabilidade deve ser compartilhada entre ambas as partes do conflito. Ou seja, pais e professores devem conversar com a criança e criar uma solução em conjunto.
A cooperação também é importante na sala de aula. Veja como trabalhar a Aprendizagem Cooperativa (Cooperative Learning).
Algumas maneiras de aplicar a Disciplina Positiva em sala de aula são:
Determine os limites
Muitas pessoas acreditam que a Disciplina Positiva, por ser baseada em afeto e respeito mútuo, não prevê regras para as crianças. No entanto, todos precisamos de regras para viver pacificamente.
Converse com as crianças sobre as regras da sala de aula e as reforce de tempos em tempos. Assim, todos sabem até onde podem ir.
Se os seus alunos têm dificuldades para se concentrar, não se preocupe: acesse agora as nossas dicas para te ajudar!
Esteja pronto para ouvir
Na Disciplina Positiva, os sermões dão espaço para a conversa. Isso quer dizer que você não deve só explicar para a criança o que ela fez de errado. É preciso se sentar e ouvir o que ela tem a dizer. O que a levou a fazer isso? Ela conhecia as regras? Por que ela pensou que não devia segui-las?
Elogie com precisão
Viu o aluno fazendo algo digno de elogios? Não fale apenas “muito bem!” e siga em frente. Diga qual é o comportamento mostrado que deve continuar sendo praticado. Por exemplo, diga “é muito bom quando ajudamos os nossos colegas”, ou “pedir desculpas depois de fazer algo errado é muito importante”.
Deixe a criança desenvolver o raciocínio crítico
Muitas vezes, os adultos tendem a querer explicar demais onde a criança errou, como isso afetou outras pessoas e por que isso não deve se repetir. É daí que vêm os famosos sermões. Na Disciplina Positiva, no entanto, isso é desencorajado.
A ideia é deixar que a criança reflita e entenda, sozinha, como isso afetou as pessoas ao seu redor. Você pode direcionar a reflexão com perguntas, mas não deixe que elas saiam dessa situação pensando apenas que não podem fazer algo porque o professor não deixa.
A Disciplina Positiva é, principalmente, uma forma de acreditar na inteligência das crianças. Compartilhe a responsabilidade com elas e veja um futuro adulto responsável se formar em sua sala de aula.
Assista ao vídeo sobre cultura maker:
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