A Educação 4.0 tem como um dos seus principais aliados a tecnologia. No contexto de uma pandemia, é o maior recurso para a continuação das nossas atividades.
Alguns princípios norteadores podem fazer com que criemos atividades mais produtivas para os nossos alunos, sobretudo agora, em tempos de distanciamento social. Veja nossas dicas para criar atividades adaptadas para a Educação 4.0!
Criar situações de real aprendizagem é essencial na educação 4.0
As salas de aula tradicionais estão inseridas em um contexto de educação reprodutiva.
Isto é: quando inseridos nesta modalidade, os alunos tendem a se tornar reprodutores dos conhecimentos que os professores tentam, a todo custo, lhes ensinar.
Isso pode ser bastante efetivo quando pensamos em um contexto em que o aluno precisa ser um bom respondedor de questões em provas ou lições de casa.
No entanto, essa prática educacional conduz a impactos brutais na vida profissional e pessoal das crianças, adolescentes e jovens.
Isso porque, para além da reprodução, a vida prática nos exige mais do que as respostas simples para questões pouco complexas.
Em nosso dia a dia, questões mais complexas e que levam em consideração uma infinidade de proposições nos são colocadas.
Assim, nada mais coeso que a sala de aula nos leve também a aprender e a ensinar dessa maneira.
Portanto, é fundamental que nós aprendamos a ensinar uma geração de pessoas que não estarão mais condicionadas, somente, a um mundo simples.
Em sala de aula é essencial que possamos criar formas de despertarmos, por meio de questões norteadoras, o interesse dos nossos alunos para uma atitude resolutiva e criativa.
Para tanto, é necessário que o professor ensine a pesquisar, a elaborar projetos, a buscar por hipóteses e formas de testá-las.
Dessa maneira, nossos estudantes são colocados frente a frente com problemas reais do dia a dia e com maneiras de solucioná-los.
Como atividade, podemos ensinar muito mais propondo problemas de pesquisa reais, para cada faixa etária e seu conteúdo programático.
Então, adaptando para cada período de ensino, que tal elaborar e propor um roteiro de trabalho de algum assunto que possa ser interessante para nossos alunos?
Podemos, inclusive, relacioná-lo ao momento histórico que estamos vivendo a partir do ponto de vista da disciplina em que lecionamos.
Integre os princípios da Educação 4.0 de forma simples
Criar trabalhos em grupo, de forma que os estudantes possam se sentir conectados e colaborando com a elaboração de uma solução de forma coletiva, pode fortalecer laços de empatia.
Esse sentimento é fundamental para que possamos formar uma sociedade mais colaborativa, mais coesa e mais unida.
Em sala de aula, esses sentimentos aplicados em um projeto ou, até mesmo, ensinando a desenvolver projetos.
Esses conhecimentos podem ser essenciais para que os principais objetivos da educação, principalmente dentro do conceito da Educação 4.0, possam ser realizados.
Propor, portanto, trabalhos em grupo guiados por um roteiro de pesquisa podem desenvolver não só nossos potenciais relacionados ao conhecimento, mas também em relação à criatividade e a autonomia.
A depender da faixa etária, conduzir atividades com materiais reciclados, por exemplo, pode também levar as famílias a se envolver no trabalho educacional.
Assim, unimos não só estudantes, mas seus familiares em uma atividade que pode também ser útil para o desenvolvimento de competências socioemocionais.
Elas, por sua vez, estimulam a colaboração, o diálogo e, sobretudo, o sentimento de empatia.
Crie um contexto maker em suas atividades
A cultura maker é aquela voltada à invenção, à criatividade, ao sentimento de colaboração e empatia, associados a metodologias que nos conduzam ao trabalho ativo dos estudantes.
Assim, o professor pode estimular a capacidade criativa dos seus alunos, propondo, mais do que atividades, projetos, de fato, que se tornam parte do aprendizado de cada um.
Desenvolver projetos nos ensina, necessariamente, enquanto aprendemos.
É por causa disso que a cultura maker se torna uma grande aliada dos processos da Educação 4.0.
Ela parte do princípio que aprender envolve, necessariamente, pesquisar, projetar e executar.
E esse movimento envolve o aluno e suas invenções, colocando-os como protagonistas do seu processo de ensino e aprendizagem.
Pesquisas científicas também apontam que o ensino maker tende a ser mais efetivo que a educação tradicional.
Isso porque essa forma de aprender tende a padronizar os instrumentos, que podem ser bastantes simples.
Assim, é possível garantir que mesmo em condições diferentes de acesso a tecnologias educacionais possamos ensinar a pesquisar, planejar e executar.
Afinal, a pesquisa pode partir de insumos simples, adaptando-os para a realidade de cada aluno e resultando, por fim, em maior aproveitamento do ensino e da aprendizagem.
Quer saber mais sobre o conceito de Educação 4.0? Leia mais no artigo sobre Educação 4.0: desafios nas escolas.