Você sabe qual é o papel da inclusão digital na Educação 4.0? Entenda melhor o conceito e como preparar seus alunos para uma sociedade em transformação!
Sociedade, comportamento, métodos de produção e disseminação da informação — você certamente percebeu que esses aspectos estão mudando em uma velocidade vertiginosa. As escolas não podem ignorar essa transformação e precisam se adaptar às novas demandas, e é justamente essa discussão que a Educação 4.0 traz à tona.
Mas você sabe o que é a Educação 4.0? Compreende qual é seu papel na formação de cidadãos e profissionais que sabem utilizar os recursos digitais de forma eficaz e consciente? Quer entender melhor o assunto?
Então, continue a leitura! Vamos explicar brevemente o que é Educação 4.0 e porque é fundamental a escola promover a inclusão digital.
O que é Educação 4.0?
Trata-se do conceito que afirma a necessidade de preparar as novas gerações para atender às necessidades da Indústria 4.0. Segundo os defensores dessa ideia, a escola precisa acompanhar a revolução que está atingindo o mercado e capacitar os profissionais do futuro para atuarem no contexto da transformação digital.
Estamos vivenciando um momento de grande alteração no mercado de trabalho. Embora a velocidade dessas transformações seja variável nos diversos países ou mesmo setores da economia, o fato é que a automação está chegando à maioria das organizações.
Produção, comércio e prestação de serviços têm sido impactados pela Quarta Revolução Industrial. Por isso, elas assimilam tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), linguagem computacional, Inteligência Artificial, Machine Learning e sistemas cyberfísicos para reduzir custos e otimizar processos.
Dessa forma, entende-se que os profissionais que trabalharão nessas organizações precisam estar preparados para atuar nesse contexto. É papel das escolas iniciar esse preparo, e, por isso, a inclusão digital dos estudantes se torna tão importante.
Qual é o papel da inclusão digital na Educação 4.0?
A transformação digital tem afetado diretamente o mercado de trabalho. As empresas estão dispensando pessoas que realizavam tarefas mecânicas, repetitivas ou operacionais e substituindo-as por sistemas, robôs e sensores.
Portanto, a tecnologia que traz tantos benefícios também gera grande desemprego, a menos que as pessoas estejam preparadas para lidar com essa nova realidade. É nesse contexto que a inclusão digital nas escolas passa a ter uma função social extremamente relevante.
Estima-se que 85% dos empregos que o mercado de trabalho oferecerá até 2030 são em funções que ainda não existem. Já vimos muitos desses postos surgirem nos últimos anos: gestores de redes sociais, mineiros de bitcoins, especialistas em blockchain, mapeadores de ruas para serviços como o Google...
A tendência é que muitas outras novas funções continuem surgindo. E o que elas têm em comum? Em todas, as pessoas precisam lidar com a tecnologia ou até mesmo desenvolvê-la para atender às demandas da sociedade.
Assim, o aluno que hoje está em uma escola que não se preocupa com a inclusão digital entrará nesse mercado em larga desvantagem. É o papel da Educação 4.0 promover esse domínio da tecnologia para proporcionar a esse futuro profissional condições de competir. Na escola pública, essa visão é essencial para não acentuar ainda mais a desigualdade social.
Como promover a inclusão digital na sala de aula?
Promover a inclusão digital na sala de aula ainda é um território novo. Por isso, muitos educadores e instituições têm receio de abraçar essa causa. No entanto, eles começam esse desafio já com uma vantagem — o interesse evidente dos alunos pelo tema.
Para isso, é necessário quebrar alguns paradigmas e viabilizar novos modelos. A primeira medida, bastante simples, é fazer com que a tecnologia faça parte do dia a dia da sala de aula. Iniciativas para isso não faltam, e grandes empresas disponibilizam recursos como Realidade Virtual e Aumentada a um custo acessível, até mesmo para escolas públicas.
No entanto, a inclusão digital pode ir além da utilização de dispositivos eletrônicos. É possível adotar uma nova concepção de ensino, em que a tecnologia se torna não só uma fonte de conhecimento, mas também um meio para desenvolver soluções. Para saber mais sobre essa cultura maker, acesse nosso artigo sobre esse tema!
Muitos projetos têm surgido para tornar isso realidade: alunos desenvolvem aplicativos para monitorar fotos de mosquito da dengue, para economizar água e energia durante o banho, facilitar a doação de sangue, detectar ameaças ao ecossistema, melhorar a comunicação com surdos pela tradução de Libras para o Português, entre muitas outras iniciativas.
Não faltam exemplos que mostram que, com uma mente aberta e boa vontade, é possível fazer a diferença. Essa mudança de paradigmas é essencial para preparar os estudantes de hoje para o mercado de trabalho de amanhã, conferindo a eles a oportunidade de se tornarem protagonistas de seu sucesso.
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