Inicio esse artigo com uma frase de Carlos Drummond de Andrade que nos leva a refletir:
Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar.
Reconhecer e se relacionar com as inúmeras diferenças relacionadas à inclusão é um grande desafio.
Durante muito tempo, a preocupação de pais e professores era que as crianças respeitassem as diferenças das outras, e isso já bastava. Se houvesse respeito, haveria inclusão.
Atualmente, deixamos de lado a preocupação única com o respeito às diferenças e voltamo-nos para a relação com elas. O importante não é somente respeitá-las, e sim se relacionar de forma harmoniosa com as diferenças.
A legislação é um insumo que auxilia nas práticas inclusivas. Porém, uma sociedade inclusiva se faz com pessoas inclusivas.
Não há uma receita pronta para promover a inclusão. É preciso vivenciar as diferenças, com compreensão e harmonia.
Abaixo, listo seis filmes que apresentam diferentes formas de se relacionar com as diferenças inclusivas.
O milagre de Anne Sullivan – Relação entre uma professora e sua aluna cega, surda e muda;
Meu nome é rádio – Relação entre um treinador e um atleta com deficiência intelectual;
O enigma de Kasper Hausen – Relação de um garoto que não se comunica com a sociedade;
Como estrelas na Terra – Relação de um garoto com dislexia e seu professor;
Uma lição de amor – Relação entre um homem com deficiência intelectual e sua filha;
Colegas – Relação entre três amigos portadores da síndrome de Down.
Incluir é muito mais do que respeitar. Incluir é aceitar, conhecer, vivenciar. É se relacionar com a diferença a ponto de compreendê-la e explorá-la.
* Vanessa Leite é formada em História pela Universidade do Vale do Paraíba e Pedagogia pela Universidade de Taubaté. Foi professora de Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e atuou na Educação de Jovens e Adultos por sete anos. Atualmente faz Pós-graduação em Gestão Escolar na USP, é analista de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Educacionais e atua na área da Educação há mais de 10 anos.