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Educação pós-pandemia: tempo vivido e não perdido

Atualizado: 6 de dez. de 2022

Quais aspectos do período de isolamento social vão continuar influenciando na educação mesmo após a pandemia?


Nossa vida mudou nos últimos meses. As rotinas, os trabalhos, a vida em geral não é mais a mesma. Muitos tiveram que apertar o pause em planos e sonhos que queriam seguir. Por isso, ouve-se muito que esse é um tempo perdido, especialmente para a educação.


Mas mesmo que tudo tenha mudado, não quer dizer que não aprendemos nada ou que deixamos de aprender. Na verdade, as mudanças necessárias para que o ensino continuasse durante a pandemia podem ter alterado todo o futuro da educação daqui para frente.


Tecnologia e educação


A mudança mais evidente pela qual a educação passou nos últimos meses foi em relação ao uso da tecnologia. De um dia para o outro, o ensino teve que ser feito por vídeo, à distância, e isso revelou aspectos inesperados nessa área.


O primeiro foi o fato de que muitos professores não estão preparados para usar a tecnologia no ensino. Muitos aprenderam em cima da hora quais programas utilizar para dar aula. Outros, mais aventureiros, conseguiram descobrir todo tipo de site e aplicativo que deixasse as aulas mais interessantes. Mas ficou claro que nem todos conseguem se afastar do modelo de sala de aula tradicional.



O segundo é que a tecnologia pode deixar os próprios alunos confusos. Eles, que estão acostumados a sempre estarem conectados, também tiveram que aprender a usar a tecnologia para estudar. Não foi evidente nem simples se acostumar com esse novo modelo.


Por último, o período da pandemia nos mostrou o quanto o acesso à tecnologia faz diferença. Muitos alunos, particularmente na rede pública, não tiveram como manter seus estudos porque não tinham acesso à internet. Isso gerou diversas iniciativas para democratizar o acesso à tecnologia – e, automaticamente, à educação.


O que fica?


Alunos e professores se beneficiaram do uso da tecnologia, e isso deve continuar. Mesmo quando todos estiverem de volta à sala de aula, o uso de sites, softwares e aplicativos deixa o ensino mais dinâmico e abrangente. Não podemos deixar essas vantagens de lado.



Tudo o que aprendemos sobre o uso da tecnologia na educação deve ser revisitado, gerando novos tipos de atividades e estimulando a independência dos alunos na busca pelo conhecimento. É essencial investir na formação dos professores nesse sentido para que eles possam também ajudar os alunos.


Relação família-escola


O relacionamento entre a comunidade escolar também mudou muito por conta do isolamento social. Antes, a família não estava necessariamente conectada com a vida escolar das crianças. Muitos pais deixavam os filhos na escola e sabiam muito pouco de como funcionava a sala de aula. A pandemia tornou esse afastamento quase impossível.


Isso porque as crianças começaram a ter aula na sala de casa, com os pais no mesmo cômodo. Muitas vezes, elas precisaram de ajuda para entender como um software funcionava, ou reclamaram da conexão de internet que impossibilitava uma imagem de vídeo melhor. As escolas estavam, literalmente, dentro de casa.


Sendo assim, alguns pais se viram conectados pela primeira vez com a vida escolar dos filhos. Tornou-se impossível não prestar atenção às suas queixas, não conhecer o rosto dos professores, não decorar a grade de horários.


E a escola se tornou mais dependente dos pais: eles se tornaram os responsáveis por manterem a atenção dos filhos, se certificarem de que eles fazem os deverem, incentivarem o estudo diariamente.


Confira nosso post sobre como planejar a reabertura da sua escola!


O que fica?


O mais importante na relação família-escola é a comunicação. Sem uma comunicação clara e objetiva, professores e pais podem chegar a mais problemas do que soluções. Esse período de isolamento ajudou a encontrar novos canais de comunicação que beneficiam os dois lados, e isso precisa ser mantido.


Mas também será necessário manter o envolvimento da família na educação. Ter os pais envolvidos na vida escolar é uma forma de ajudar crianças e adolescentes a entenderem a importância dos estudos. Além disso, ajuda a identificar dificuldades e a resolver problemas assim que eles surgem.


O tempo de isolamento social não foi perdido. Aprendemos com ele diversas lições que serão importantes sempre. E a principal delas é que temos que estar unidos para melhorarmos.


A Faz Educação traz diversas dicas e análises para ajudar sua escola durante e depois do isolamento social.

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