O ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - foi criado em 1998 com o intuito de avaliar os estudantes brasileiros que estavam concluindo o Ensino Médio. Mas como tudo na vida evolui, com o ENEM não foi diferente. Hoje a prova é um dos momentos mais aguardados (e, às vezes, temidos) pelos estudantes que sonham com a universidade, tendo se consolidado como umas das principais vias de acesso ao Ensino Superior no Brasil.
Para resgatar um pouco dessa trajetória, aqui vão algumas curiosidades:
A primeira edição do ENEM era composta por 63 questões e a prova foi aplicada em um único dia;
A avaliação durou 4 horas com perguntas sobre Português, Matemática, Física, Química, Biologia, História e Geografia;
E adivinha qual foi o tema da redação? Os estudantes tiveram de escrever sobre “Viver e Aprender” com um texto de apoio composto pela música “O que é, O que é”, do mestre e ícone Gonzaguinha.
Entre as principais mudanças ocorridas durante todos esses anos, vale destacar que, em 2001, o Governo concedeu a isenção da taxa de inscrição para alunos da Rede Pública. Esse benefício gerou um aumento significativo no número de inscritos, de 390 mil em 2000 para 1,6 milhão em 2001. No mesmo ano, os participantes ganharam uma hora a mais para realizar a prova, que passou de quatro para cinco horas de duração.
Alguns anos depois, mais precisamente em 2016, a coleta de dados dos estudantes passou a ser feita por meio de biometria, e detectores de metal começam a ser utilizados na entrada e saída para utilização dos banheiros.
Chegando em 2018, ano em que o ENEM comemora 20 anos de existência, a edição registrou o menor percentual de ausentes desde 2009, com um total de 24,9%.
Segundo o site do Ministério da Educação, esse número corresponde a 1.374.430 participantes, do total de 5.513.749 inscrições confirmadas. Esse é um dado que considera os dois dias de aplicação, portanto o número ainda não corresponde ao indicador final, mas vem sendo comemorado pelos órgãos organizadores.
A presidente do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Maria Inês Fini, destaca que desde 2016 o Governo vem investindo em ações para reduzir o número de ausentes e o gasto desnecessário do dinheiro público.
Pelo jeito, estamos no caminho certo, pois a diminuição no índice de ausências revela que os estudantes estão mais conscientes sobre a importância da prova, que, mais do que abrir as portas para a universidade, mostra se o aluno está preparado enquanto cidadão para assumir uma postura crítica e atuante na sociedade.
* Carolina Redlich Xavier é formada em Relações Públicas e é especialista em Gestão de Pessoas com Ênfase em Desenvolvimento Organizacional. Possui pós-graduação em Comunicação Corporativa, Marketing e Mídias e MBA em Gestão da Comunicação Integrada. Trabalha na área educacional há mais de cinco anos e atualmente é estudante de Psicanálise.