O ensino híbrido, que era uma discussão antiga, passou a ser uma realidade quando a pandemia causada pelo novo Coronavírus se tornou a marca da nossa geração.
Com o esvaziamento das escolas e com uma ameaça mortal completamente invisível, nos vemos diante de uma mudança radical de comportamento, que nos expõe, diariamente, a uma série de desafios pessoais e profissionais.
Dentre os desafios profissionais destacam-se, sem dúvida, a forma de dar aula, que sofreu transformações abruptas e, certamente, que simbolizam uma ruptura entre aquilo que, tradicionalmente, conhecíamos como o processo de ensino e aprendizagem.
Sem dúvida, o modelo de aula presencial, com alunos - e não discentes - enfileirados, organizados em salas marcadas por letras do alfabeto, já era questionado como o ideal.
No entanto, hoje, nos deparamos com uma nova discussão relacionada à forma de ensinar e à forma de aprender: não se trata mais e somente do que é ideal, mas, sobretudo, do que é possível.
Em tempo de pandemia, o modelo educacional possível, certamente, depende de tecnologias e, sobretudo, de boa vontade, adaptação e renovação, que é o que frequentemente vemos como pauta das discussões relacionadas à educação em 2020.
Mas, enquanto discutimos a melhor forma de educar - o que é um esforço totalmente válido, como podemos nos planejar para o mundo que está por vir pós-pandemia?
O que, de fato, o ensino remoto nos ensinou e de que forma, de maneira prática, podemos colher os bons frutos dessa experiência para, de uma vez, implementarmos o ensino híbrido?
Modelos práticos: como, de fato, implementar um ensino híbrido?
Para toda e qualquer modalidade de ensino encontramos modelos consolidados, experimentais e em construção.
Dessa mesma forma podemos observar as discussões que atualmente fundamentam o ensino híbrido.
Veja, a seguir, quais são as possibilidades de ensino híbrido já testados e implementados!
A sala de aula para além da sala de aula: o ensino híbrido na sala de aula invertida
A sala de aula invertida é um modelo de ensino híbrido que, de certa forma, já é praticado por muitos professores.
Consiste em enviar com antecedência o material que será utilizado durante a aula, a fim de que seja explicado, de forma generalizada, os conceitos que serão trabalhados.
Dessa forma, quando o discente vai à aula, já está inteirado das discussões possíveis a respeito do tema da aula, bem como já pôde conduzir suas próprias investigações sobre o conteúdo.
Assim, durante o encontro com o professor, o tempo será melhor aproveitado, com discussões ainda mais formativas e específicas, com a participação de todos.
A inversão consiste no seguinte: as devidas explicações a respeito do tema são conduzidas pelos próprios alunos, em suas casas, enquanto, na escola, se discute, se aplica e se tira dúvidas que possam surgir neste processo de ensino híbrido e mais autônomo.
Modelo flexível: a opção mais adotada atualmente
Esse é o modelo mais comum que as escolas adotaram durante a pandemia.
Neste modelo, os alunos recebem um roteiro que é entregue previamente pelo professor, em uma plataforma geralmente criada pela escola.
De posse do roteiro, os alunos desenvolvem as atividades com a ajuda de um tutor ou do professor, que fica disponível na plataforma.
Já em outros momentos, os alunos podem trabalhar em um determinado projeto, seja junto de seu professor ou em grupo.
Com essa modalidade, é possível combinar as atividades on-line, individuais, ou atividades em grupo.
Modelo de rotação em estações
Neste modelo de organização do ensino híbrido, a organização da sala de aula se dá em pequenos grupos, em que se desenvolvem diversas atividades que se complementam.
Nessa modalidade, os alunos podem percorrer diversas mesas e diversos grupos. Nela, o professor atua como um mediador, criando desafios de aprendizagem e auxiliando os alunos a percorrer os caminhos que levam, por fim, ao objetivo.
Dessa forma, a organização da aula permite proporcionar maior protagonismo entre os discentes, que podem estabelecer suas próprias formas de aprender enquanto ensinam, também, uns aos outros.
Modelo virtual com aprimoramentos
Nesse modelo de organização escolar, os alunos têm as disciplinas que compõem o currículo todas ofertadas e ministradas em ambiente totalmente virtual.
Uma ou duas vezes por semana ele vai à escola, para poder se encontrar com outros colegas e organizarem seus projetos de aprendizagem, bem como para discutirem, de forma coletiva, os conteúdos que foram estudados na plataforma on-line.
Nesse formato educacional, o momento presencial é também utilizado a fim de encaminhar as aprendizagens, bem como para compartilhar com seus colegas.
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