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Formação de professores é assunto sério antes, durante e pós-pandemia

Atualizado: 11 de mar. de 2021

A formação de professores sempre foi importante. Mas, agora, ela é essencial para que redes, escolas e alunos vençam os desafios trazidos pela pandemia.

Antes da pandemia, muito já se falava a respeito da formação de professores, especialmente à luz dos novos currículos e desafios da BNCC. Entretanto, com a pandemia, passou-se a compreender ainda mais o importante e abrangente papel desempenhado pelos educadores, ao mesmo tempo em que eles foram colocados "à prova", sem terem, antes, passado por uma preparação adequada para enfrentarem esses novos desafios.


Assim, os professores foram verdadeiros guerreiros, embora não tenham passado pelos treinamentos de combate apropriados nem tenham sido instrumentalizados com as ferramentas ideais.


Agora, é hora de tentarmos corrigir isso e retomarmos não apenas a formação de alunos, como também a dos professores. Continue a leitura e veja dicas para isso.


A formação dos professores como elemento essencial para a retomada e o pós-pandemia


O ano de 2020 acelerou a quebra de diversos paradigmas. Mas, também, trouxe grandes desafios para as secretarias, redes e escolas. E o professor é um elemento crucial para que esses desafios sejam vencidos.


Para isso, ele deve se sentir preparado, apoiado, valorizado e motivado. E a formação de professores é um recurso para isso. Por meio do desenvolvimento e fortalecimento de novas habilidades fundamentais para esse novo momento, será possível dar saltos quantitativos e qualitativos para a modernização da educação e a conquista de melhores resultados de aprendizagem.


Rubem Alves, há muito tempo, já afirmava que “a questão crucial da educação é a formação do educador”. E, nesse momento, essa formação está nos holofotes.


O que levar em conta para criar um cronograma de formação de professores?


O momento atípico que passamos destacou a importância de promover uma formação holística também para os docentes.


Isso quer dizer que é preciso, sim, levar em conta diretrizes, a Base, Ideb e outros indicadores, normas e orientações governamentais. Porém, é fundamental ir além. É importante incluir também no cronograma formativo habilidades socioemocionais e comportamentais.


Outra questão crucial é fazer um levantamento prévio sobre as necessidades reais de formação de professores de sua rede. Para ter resultados e engajamento, é essencial criar formações que realmente ajudem a suprir lacunas e instrumentalizem os professores no que eles, de fato, têm necessidade.


Nesse processo, não deixe de lado a valorização da experiência e do conhecimento dos professores, utilizando sua expertise e apoio para a construção conjunta de soluções e conhecimento.


Formação de professores e saúde mental


É muito importante frisar esse ponto: a formação e o apoio fornecidos devem ir bem além da parte técnica e contemplar a saúde mental e o equilíbrio emocional dos professores.


Assim, eles também estarão prontos para fazerem o mesmo pelos alunos. Esse tipo de acolhimento será ainda mais central em 2021 nas escolas e os professores devem estar preparados para isso.


Em um cenário normal, entre as profissões mais propensas à síndrome de burnout, está a dos professores. Agora, com desafios adicionais tão expressivos, é preciso fornecer aos docentes as melhores condições e apoio socioemocional durante das formações para que eles permaneçam motivados e resilientes.


Preparar o professor para que ele esteja preparado para o aluno


Conforme estudo realizado pela Fundação Lemann e pelo DataFolha, 70% dos professores da rede pública consultados esperam participar de mais formações a distância no pós-pandemia. Dados como esse demonstram que os professores percebem que será preciso adquirir e ampliar conhecimentos e habilidades e que estão motivados para isso.


Nesse contexto, é preciso criar estratégias para que, na formação de professores, eles desenvolvam as habilidades que precisarão trabalhar com os alunos. Isso gera contextualização e agrega valor na capacitação desses profissionais.


Portanto, se eles precisarão abordar competências socioemocionais nas atividades, eles devem também ser preparados para isso. Se as escolas vão adotar novas tecnologias e/ou metodologias ativas, utilizar essas como base dos treinamentos torna-se uma estratégia inteligente.


Conforme o estudo Formação de professores no Brasildiagnóstico, agenda de políticas e estratégias para a mudança, promovido pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), o problema central nas formações é, justamente, a falta de relação clara entre teoria e prática/realidade. Portanto, é importante combater esse obstáculo ao desenvolver os momentos formativos daqui em diante.


É válido lembrar também que a BNCC traz a proposta de se repensar o modo como se aprende e, por consequência, também como se ensina. E esse deve ser um ponto central no planejamento da formação de professores agora e no pós-pandemia.


Voltaremos ainda com o desafio da implantação da Base e todos seus desdobramentos. E os professores estarão à frente disso no dia a dia escolar. Por isso, na formação, todas as competências e novidades do currículo devem ser trabalhadas com os professores, somente assim eles conseguirão trabalhá-las de forma eficaz, criativa e engajadora com os alunos.


Para mais ideias para a preparação da formação de professores de sua rede, baixe o guia: 10 premissas para uma formação continuada alinhada aos novos currículos!


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