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Volta às aulas: a importância das avaliações diagnósticas

Atualizado: 16 de nov. de 2022

Você sabe qual é a importância da avaliação diagnóstica? Confira o post para descobrir por que fazer dela o seu ponto de partida para um ano de sucesso!

O que a escola pode fazer para melhorar o desempenho dos alunos? Muitos são os fatores que contribuem para esse resultado, e geralmente a qualificação dos docentes fica em primeiro plano. No entanto, nem sempre se considera que o planejamento dos conteúdos deve corresponder ao que os alunos podem aprender, e, para isso, é necessário começar o ano com a avaliação diagnóstica.


E você, sabe qual é a importância dessa avaliação? É sobre isso que falaremos neste post. Então, continue a leitura para saber mais.


Antes da avaliação diagnóstica, precisamos falar sobre ZDPs


Um planejamento bem elaborado não é aquele construído apenas a partir de uma sequência lógica de conteúdos. O ponto de partida é fundamental para estabelecer a trajetória correta, especialmente quando consideramos o conceito de zona de desenvolvimento proximal estabelecido por Vygotsky.


O que Vygotsky queria dizer é que o estudante tem hoje um conjunto de conhecimentos. A partir deles, com o estímulo bem aplicado, ele pode avançar na compreensão de um determinado assunto. Essa é a zona de desenvolvimento proximal (ZDP).


Porém, a ZDP tem um limite. Além dele, a criança não consegue realizar nada. Portanto, não adianta o professor ter um planejamento incrível se o ponto de partida está além da capacidade de seus alunos. Seria como exigir que eles subissem uma escada com degraus mais altos que suas pernas conseguem alcançar.


A importância da avaliação diagnóstica


Depois de relembrarmos o conceito de ZDPs, podemos refletir um pouco mais sobre a importância da avaliação diagnóstica. Ela deve ser o ponto de partida para o trabalho do educador, pois permite identificar os conhecimentos que os alunos realmente assimilaram nas etapas anteriores, bem como lacunas que podem interferir no aprendizado dos conteúdos seguintes.


A escola pode utilizar a avaliação diagnóstica para:

Apenas a título de exemplo, vamos explorar uma situação. Imagine que uma professora do 5° ano do Ensino Fundamental comece o ano com uma avaliação diagnóstica de Matemática, com foco nas operações básicas.


Nos exercícios propostos, ela percebe que os estudantes não chegaram ao resultado correto porque erram fatos numéricos e têm dificuldade para realizar a subtração com reserva (quando o subtraendo é menor que o minuendo). Nesse caso, ela precisa planejar dois tipos de intervenções diferentes:


  • jogos, brincadeiras e outras estratégias para ajudar os alunos a memorizarem os fatos numéricos;

  • trabalho com material dourado para que os alunos entendam a lógica por trás do mecanismo de "empréstimo" da subtração.


Não seria efetivo abordar os outros conteúdos geralmente ensinados no 5° ano sem que antes eles dominassem os conceitos e procedimentos referentes a esses temas. Eles teriam dificuldade para solucionar expressões numéricas, operar com frações, calcular porcentagens ou mesmo solucionar problemas matemáticos.


O período ideal para a realização de avaliações diagnósticas


As avaliações diagnósticas podem ser realizadas em qualquer momento do ano. No entanto, na volta às aulas elas são ainda mais importantes, pois servem para embasar o planejamento e todo o trabalho escolar.


Já comentamos aqui no blog sobre a importância de planejar a prática educativa desde a Educação Infantil. Ao realizar a avaliação diagnóstica, o educador obtém subsídios para criar um planejamento eficiente, que ele e os alunos consigam cumprir. Ele tira o foco da quantidade ou sequência de conteúdos e o coloca na qualidade da aprendizagem.


Conteúdos essenciais para a avaliação diagnóstica


A avaliação diagnóstica deve abranger o que chamamos de conteúdos fundantes (ou fundamentais). O domínio desses temas ou procedimentos é essencial para que os estudantes acompanhem as próximas etapas de aprendizado, previstas para o ano letivo atual.


É importante destacar que a avaliação nunca é um fim em si mesma. Seu objetivo não é simplesmente classificar o aluno, mas mostrar as necessidades dos estudantes e direcionar as intervenções do educador.


Nesse sentido, o nome diagnóstico é bastante apropriado. Ele não só aponta o problema, mas indica qual é o tipo de "remédio" que a escola precisa utilizar para sanar possíveis lacunas e criar condições propícias à aprendizagem.


Gostou de saber mais sobre a avaliação diagnóstica? Então, continue no blog e descubra a importância da avaliação formativa com foco na aprendizagem.


Aproveite e veja também o Faz Responde a volta às aulas:


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