Estimular a leitura nas crianças é uma forma de garantir atenção, concentração, foco e, ao mesmo tempo, contribuir com um mundo mais criativo, dinâmico, inventivo e repleto de arte!
Todos nós sabemos o quanto a leitura é fundamental para as nossas vidas e como ela tem a capacidade de, sim, mudar as nossas vidas!
No entanto, em um país em que muito pouco se lê, é fundamental que a escola assuma de fato a missão de formar um leitor de forma que, desde cedo, a leitura não seja um peso para os alunos e, sim, um momento de descontração, de construção da criatividade, de relaxamento e reflexão.
Incentivar a iniciação à leitura desde muito cedo garante que formemos um leitor de fato, que seja multifacetado e que possa se encorajar mesmo diante de textos mais complexos, munindo-se da capacidade de interpretar, de tornar o texto lido vivo e em um diálogo constante com a realidade que o cerca, aproximando-os mesmo em tempos de atividades totalmente remotas.
Saiba, hoje, de algumas estratégias para fazer com que a leitura se torne parte da vida dos seus alunos, de suas rotinas e que possa inundar a vida de cada um com a imaginação!
Como estimular a leitura nas crianças?
Essa é a pergunta que todos devem estar se fazendo agora, uma vez que encontramos barreiras cada vez mais espessas para democratizar a leitura e torná-la acessível, mesmo quando livros são considerados cada vez mais bens de consumo e não bens culturais e imateriais.
Estimular a leitura nas crianças é um desafio, não pelo fato de que crianças não gostam de ler, não se concentram ou qualquer outra razão que o senso comum possa assumir como válido, até porque, atualmente, lemos mais do que nunca.
Em ambientes virtuais, dependemos da leitura para absolutamente tudo: seja, para encontrar um vídeo, uma música ou, até mesmo, para aprender a executar essas ações.
No entanto, esses microtextos tendem a limitar nosso tempo de atenção, tornando, muitas vezes, quase impossível encarar a literatura, que exige abstração, imaginação e outros componentes que, virtualmente, não são essenciais.
Assim, estimular a leitura nas crianças se torna cada vez mais desafiador, sobretudo quando se trata de realmente ter um livro em suas mãos.
Dando os primeiros passos: a busca por obras que dialoguem com a realidade dos seus alunos
A literatura é um mundo vasto, que pode encontrar abrigo no coração de quem a contempla desde cedo.
No entanto, em um mundo em que a atenção é disputada o tempo todo por coisas muito mais atraentes do que o livro, que é estático, que não tem iluminação e nem muda de cor o tempo todo, a tarefa do professor se torna ainda mais desafiadora.
E, para isso, é fundamental que o professor se dedique a pesquisar obras que dialoguem diretamente com a realidade de crianças, em suas mais diferentes realidades e contextos sociais.
Veja, abaixo, algumas recomendações de leitura que podem atingir em cheio seus alunos, fazendo com que eles encontrem o abrigo que é tão fundamental e que se crie ainda na infância!
Amoras, Emicida
Em seu primeiro livro infantil, o rapper Emicida se dedica a contar uma história repleta de encanto e que encontramos, cada um, em nosso dia a dia através do reconhecimento das pequenas coisas que existem no mundo e em seus detalhes.
A história, que foi vivenciada pelo rapper junto à sua filha, trata do reconhecimento de que as amoras, quanto mais escuras, mais doces são.
O diálogo que pai e filha travam trata sobre a negritude, sobre a forma como cada um ocupa seu lugar no mundo e sobre como a construção de referências positivas e saudáveis para uma criança pode modificar a forma como ela se vê e vê o mundo em que vive.
Cabelo bom é o quê?, Rodrigo Goecks
Desconstruindo preconceitos, Rodrigo Goecks busca, através da poesia e de uma história cheia de autoafirmação, autocuidado e autoestima, desconstruir a ideia de que existe o cabelo ruim e o cabelo bom, impregnada de racismo.
Dialogando com crianças crespas e cacheadas e com aquelas de cabelo liso também, o livro trata a urgência de garantir que as crianças, desde muito cedo, possam construir uma autoimagem afetiva, acolhedora e dialoga com a realidade de um mundo em que o preconceito racial e o preconceito estético ainda se tornam presentes.
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