Você pode até não saber o que são impostores da criatividade, mas, certamente, já sentiu a atuação de cada um deles durante a sua jornada docente.
Existem algumas atitudes e algumas situações comuns a profissionais da educação dos mais distintos níveis e que podem minar a nossa criatividade com maestria.
Conheça, agora, cinco deles e reflita a forma de minimizar os efeitos e os impactos que podem causar em sua atividade docente, restaurando o seu prazer em educar.
Cansaço: um dos piores impostores da criatividade
Pouco tempo de hora-atividade (ou permanência), trabalho em três turnos, 60 horas semanais, trânsito entre as escolas, pouco ou nenhum tempo para a família.
Se você se viu ou viu algum colega de profissão neste parágrafo anterior, saiba: o cansaço e a saturação é uma das maiores inimigas da criatividade, ou, como dissemos, um dos maiores impostores da criatividade.
Quando estamos cansados, nosso foco rapidamente se dispersa, comprometendo nossa atenção.
Sem a atenção não conseguimos também criar estratégias mais criativas para atingirmos nossos alunos.
Sobrecarga de trabalho
A sobrecarga de trabalho leva facilmente o docente à exaustão mental, que o impede de tomar atitudes mais criativas e buscar soluções mais interessantes para as suas aulas.
Certamente, a sobrecarga de trabalho é um dos maiores impostores da criatividade, por retirar do indivíduo a oportunidade de refletir a respeito das suas ações cotidianas, sejam em relação ao trabalho, sejam em relação às demais áreas de sua vida.
Além disso, a sobrecarga também tende a comprometer os processos avaliativos que devem ser conduzidos junto ao corpo discente.
Quando o profissional da educação tem muitas turmas, se torna quase que impraticável fazer avaliações que realmente façam sentido, indo além das questões objetivas e gabaritáveis.
Falta de repertório
A falta de repertório é, também uma inimiga do processo educativo porque limita o professor a um tipo de aula que simplesmente se repete ano após ano, muitas vezes com os mesmos exemplos e piadas.
Isso está, geralmente, associado à insegurança profissional, que acaba por limitar as opções do professor, que se prende a um planejamento que foi feito e funcionou bem uma primeira vez, e que é, simplesmente, replicado.
Por mais prático que isso possa ser, essa prática é um dos impostores da criatividade que mais se aproximam de todo profissional e está intimamente relacionada com as duas primeiras abordagens que fizemos.
Geralmente, a falta de repertório acaba por se agravar quanto mais sobrecarregado o professor está, o que mina a sua vontade de aprender, de pesquisar e de se desenvolver.
Falta de suporte pedagógico: o maior dos impostores da criatividade
A falta de suporte pedagógico ou o excesso de estratégias metodológicas utilizadas pela escola, tais como avaliações pré-agendadas e unificadas, o uso exclusivo de apostilas ou de um cronograma muito rigoroso, acabam por comprometer também a criatividade do professor.
Quando uma escola adota esse tipo de iniciativa em seu projeto político-pedagógico abandonamos ou deixamos em segundo plano as particularidades de cada profissional em relação às suas próprias aulas.
Embora saibamos o quanto é essencial que a escola estabeleça um cronograma para as suas atividades, bem como para entrega de notas e faltas, sabemos que a aula e a produção do conhecimento em si não se limita a essas burocracias.
Portanto, é essencial encontrar um justo equilíbrio entre tantas demandas que a educação gera, sobretudo através do apoio às estratégias de cada profissional.
Uma escola que não se encontra aberta para a discussão, para um planejamento que possa abranger também a criatividade do profissional pode até conseguir muitos índices de aprovação, mas se torna um ambiente opressivo e, certamente, um gerador constante de impostores da criatividade.
Medo de errar ao dar aula
Quando um professor inicia sua jornada profissional, certamente um dos seus maiores medos é o de errar, o de ser surpreendido com uma pergunta que não sabe como responder ou, ainda pior, ter suas explicações contraditas por um aluno, que, sim, tem razão.
Esse é um dos impostores da criatividade que, definitivamente, não devia nem existir e que só existe por conta da forma como compreendemos o processo educacional.
Quando nos abrimos para a ideia de que nossos alunos também podem nos ensinar, o medo de errar se esvai em nome de uma educação verdadeiramente colaborativa e construtiva.
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