O planejamento requer a preparação do educador para lidar com diversas situações do dia a dia, sejam elas previstas ou não, além de assumir a responsabilidade de pensar e propor melhores condições de aprendizado e desenvolvimento de habilidades nas crianças, pois é a partir dele que o professor determina seus objetivos e metas.
Assim, a intenção e atuação do professor devem partir, portanto, de estudo dedicado à área e não à prática de senso comum, sem fundamentação científica, pois assim limitaria o desenvolvimento infantil.
Logo, algumas dicas para a atuação do professor em seu planejamento quanto às práticas educativas podem ser baseadas em:
Boas práticas ou melhores práticas?
Segundo o Ministério da Educação (MEC), “Melhores Práticas consistem em formas identificadas para a execução de determinada ação, processo ou projeto, com vistas à eficiência e eficácia e, consequentemente, à excelência em gestão.”
Em práticas educativas, atos como observar, registrar e documentar, além de serem instrumentos didáticos, configuram construções históricas dos modos de aprender, pensar e agir em sociedade. As crianças, ao assistirem e participarem das formas e meios como a professora realiza seu trabalho, aprendem também em conjunto, construindo ações e conhecimentos em colaboração. E, para isso, alguns passos são necessários:
Observação e escuta:
Para conhecer as crianças e planejar seu trabalho, observação e escuta tornam-se essenciais, a fim de alcançar e compreender as experiências e notar o sentido de suas ações, tendo em vista planejar o cotidiano com elas.
Registro:
Realizar um registro pedagógico é poder observar atentamente um grupo e cada participante, suas relações, produções e culturas a fim de dar visibilidade aos registros diários sobre suas práticas educativas, identificando e traduzindo os sinais dos alunos para organizar o cotidiano.
Pensar, propor e planejar:
O planejamento deve ser prévio, bem organizado, pensado e preparado. Um educador que propõe, pensa e está atento à importância de organizar o ambiente, provoca ações e desafia interações, trazendo elementos para efetivar o planejamento.
As ações e as experiências:
As ações realizadas no dia a dia na escola oferecem experiências complexas na cultura e na ciência, pois é composta por situações que apresentam linguagens.
Produzir atividades externas ou em espaços públicos possibilita e facilita a criação de laços de amizades entre as crianças, além de vivências e experiências. A organização dessas ações e experiências podem ser realizadas de diversas maneiras:
Leitura;
Música;
Teatro;
Cinema;
Museus;
Parques.
construindo, assim, outros e novos sentidos de participação e percepção da diversidade cultural de cada um.
Dicas de leitura:
Referências:
AROEIRA, Maria Luísa Campos. Didática de pré-escola: vida criança: saber brincar e aprender / Maria Luísa C. Aroeira, Maria Inês B. Soares, Rosa E mília de A. Mendes. - São Paulo: FDT, 1996.
BARBOSA, Maria Carmen Silveira – Práticas cotidianas na educação infantil – bases para a reflexão sobre as orientações curriculares. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relat_seb_praticas_cotidianas.pdf. – Acesso em: 27/11/2018.
GERMANDO, Jéssica, JESUS, Degiane Amorim Dermiro de – A importância do planejamento e da rotina na educação infantil. – Disponível em: http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/II%20Jornada%20de%20Didatica%20e%20I%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD%20-%20Docencia%20na%20educacao%20Superior%20caminhos%20para%20uma%20praxis%20transformadora/A%20IMPORTANCIA%20DO%20PLANEJAMENTO%20E%20DA%20ROTINA%20NA%20EDUCACAO.pdf – Acesso em: 26/11/2018.
GOMES, Leonardo Dias – Boas práticas educativas e pedagógicas: em busca da melhoria continua. – Revista Especialize.
* Júlia Bosso é formada em Letras pela Universidade Paulista e cursa Pedagogia pela Universidade de Taubaté. Foi professora de Ensino Fundamental I durante um ano e atualmente é analista de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Educacionais.