Com o novo normal, mudanças significativas ocorrem na educação. Será preciso um perfil diferente, um novo educador para esse novo momento?
O cenário de pandemia trouxe mudanças significativas para o mundo. É fácil perceber que não voltaremos ao que éramos antes, pois o novo normal será uma realidade diferente daquela com a qual estávamos acostumados.
No que tange à educação, foi necessário se adaptar à digitalização nas escolas e a utilizar metodologias de ensino mais modernas, como o ensino híbrido. E, nesse cenário de profunda transformação, a educação também exige um novo educador.
Para poder continuar cumprindo com a sua missão de mediar e facilitar a aprendizagem dos estudantes, os profissionais de educação precisarão se reinventar.
As formas de lecionar precisam ser revistas à luz de todas essas mudanças disruptivas, incluindo maneiras de envolver e propiciar o desenvolvimento dos alunos por meio de um planejamento pedagógico compatível com a nossa realidade atual e que lhes ajude a serem ainda mais protagonistas em seu processo de aprendizagem.
Neste artigo, compreenda mais a respeito das principais competências e habilidades que devem ser desenvolvidas pelo novo educador para colaborar com a construção de uma escola ressignificada nesse momento marcado por transições. Acompanhe a seguir.
O novo normal na educação demanda um novo educador
Quando pensávamos no futuro, nosso imaginário associava a uma realidade com carros voadores, robôs programados para nos ajudar nas tarefas de casa, viagens no tempo e diversos outros apetrechos tecnológicos. Mas um inimigo chegou antes de tudo isso e desestabilizou a rotina com a qual estávamos acostumados e fez com que precisássemos mudar nossa realidade e nosso mindset.
Isso fez com que a escola precisasse se transformar em pouquíssimo tempo. Os meios digitais têm regido o comportamento da sociedade e, como não poderia ser diferente, também da educação.
Antes mesmo da pandemia, muito já se discutia sobre o conceito tradicional de aprendizagem, no qual, muitas vezes, o aluno recebia o conteúdo de forma passiva e até descontextualizada. Não há mais como resistir às metodologias ativas e às tecnologia na educação, afinal, por meio delas foi possível que os estudantes continuassem aprendendo e mantendo seu envolvimento escolar durante o isolamento social.
A educação tornou-se mais conectada e isso seguirá relevante no período pós-pandemia.
O aluno moderno, impulsionado pelas ferramentas digitais e pelo desejo de novidades, está muito mais interessado no modelo ativo, no qual tem mais autonomia para construir uma aprendizagem efetivamente transformadora e experiencial.
Portanto, é papel do novo educador ajudar a romper os limites físicos e as barreiras das páginas dos materiais didáticos para ajudar os estudantes a tornarem-se lifelong learners, criativos, inovadores, adaptáveis e flexíveis, em qualquer tipo de cenário.
Habilidades e competências que o novo educador deve aperfeiçoar
Nesse momento de profunda transformação, o novo educador deve atuar como peça central para permitir que o aluno se adapte de forma a acompanhar toda a dinamicidade pós-pandemia.
Agir com coerência, envolver o estudante, adaptar as práticas pedagógicas e proporcionar experiências educacionais relevantes são algumas atividades essenciais para reduzir todas as eventuais lacunas no aprendizado que possam ter se originado com a pandemia.
Considerando que os desafios da educação mudaram e que a cada dia se torna mais importante captar a atenção e um interesse genuíno dos estudantes e tornar os conteúdos mais atrativos e contextualizados com a realidade do mundo moderno, a capacitação do novo educador não deve se restringir a habilidades técnicas e à atualização perante as normas e novos currículos, especialmente nesses tempos desafiadores nos quais o equilíbrio emocional de todos está sendo tão requerido.
Com isso, torna-se cada vez mais relevante que o profissional da educação busque também o desenvolvimento de competências socioemocionais, afetivas, e o constante alinhamento com os aspectos vivenciados com a sociedade atual.
O novo educador deve ser capaz de incentivar não apenas a especialização, como também a flexibilidade, para que o aluno entenda que, com o mundo mudando o tempo todo, é necessário, também, ser capaz de se adaptar constantemente.
Além disso, ele deve ser capaz de aplicar uma educação disruptiva, rompendo com o tradicionalismo educacional e favorecendo o desenvolvimento da resiliência, da organização e da autonomia do aluno.
O novo normal despertou no novo educador a necessidade de encontrar maneiras alternativas ao convencional quadro negro para ensinar. Isso requer criatividade, afinal, é preciso pensar em novos métodos didáticos que funcionem frente às adversidades.
Tudo isso coloca ainda mais em evidência o importante papel dos profissionais da educação, que permanece em qualquer cenário.
Para refletir mais sobre o perfil do novo educador, confira também nosso artigo sobre o papel do professor no mundo em transformação.
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