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Novo ano, mas o que não é novo na educação?

A educação passou por diversas transformações em 2020. O que 2021 reserva para ela? O que deve mudar nas escolas, e o que permanece?

Assim como em todos os anos, 2021 trará novidades que não podemos prever. Porém, algumas tendências na área da educação já se mostraram claras em 2020. Além disso, também será preciso lidar com as consequências desse ano, que foi tão diferente para todos.


Confira abaixo o que deve mudar e o que deve continuar na educação como um todo:


Ensino remoto e ensino híbrido


Não podemos deduzir que, a partir do ano que vem, tudo voltará a ser como antes. A população não foi imunizada, os tratamentos contra a COVID-19 são controversos e o distanciamento ainda é recomendado. Em 2021, ainda teremos que contar com recursos digitais para poder dar aulas.


Também não se sabe até quando. As aulas remotas podem continuar até dezembro do próximo ano, mas não sabemos até quando serão, de fato, necessárias. E ao mesmo tempo em que algumas escolas preferem manter o ensino remoto de forma integral, outras passam a preferir o ensino híbrido.


Afinal, os impactos do distanciamento e do ensino à distância já estão surgindo. Muitos alunos têm dificuldades de acompanhar as aulas online. Outros, não têm espaço ou recursos em casa para fazer as atividades. As aulas híbridas ajudariam a diminuir o impacto, mas precisariam manter uma série de cuidados, especialmente com os alunos menores.



Reavaliação dos alunos


O grande dilema da educação em 2021 será lidar com os resultados de 2020. Já que os estudantes tiveram que enfrentar um novo grau de dificuldade ao estudar online, os níveis de compreensão também mudaram. Enquanto alguns alunos estarão preparados para o novo ano, outros se sentirão completamente despreparados para continuar os estudos.


É preciso, portanto, fazer uma reavaliação do que foi aprendido. Nesse sentido, algumas escolas querem fazer avaliações em forma de provas, já no início do ano. Outras, preferem fazer isso aos poucos, e mesmo reunir alunos de turmas diferentes para que eles possam se auxiliar de forma mútua.


Não há uma resposta certa, nesse caso. A única certeza é de que a reavaliação precisa ser feita. A educação sempre precisa levar em conta o que os alunos já sabem e, depois de 2020, isso se torna mais importante do que nunca.



Educação 5.0


Enquanto a educação 4.0 era focada em colocar o aluno como protagonista do seu aprendizado, desenvolvendo as competências socioemocionais assim como as habilidades técnicas, a educação 5.0 pretende dar um passo além.



Agora, a busca é pelo protagonismo social. A ideia é que a tecnologia e a humanidade não são mais separadas: é preciso usar a tecnologia para se envolver com a sociedade. Entender problemas e ajudar a resolver são funções primordiais da tecnologia. Além de saber o que ela pode fazer por nós mesmos, é preciso compreender que impacto ela pode ter no próximo.


Por conta de tecnologias que nos permitem visualizar o mundo de maneira ampla, pensar para fora da sala de aula se torna cada vez mais importante. Não é possível se focar em exemplos abstratos de livros didáticos com tantas situações reais cada vez mais próximas dos alunos.


O que não muda na educação?


Com tantas transformações acontecendo, ainda existem fatores que permanecem relevantes. O primeiro de todos é a atenção às competências socioemocionais, que foram um dos grandes temas de 2020. Trabalhar questões como cooperação, empatia e criatividade continua sendo importante, com as metodologias ativas e a aprendizagem criativa ganhando cada vez mais força.


Outro aspecto que continua sendo um fator essencial na educação é a atenção à comunidade escolar como um todo. Para que os alunos aprendam a ser protagonistas sociais, professores, gestores, funcionários e funcionários precisam estar prontos para ensinar. O ensino não está mais centrado na sala de aula, e todos os ambientes são um bom lugar para aprender.


Além disso, será preciso continuar cultivando um bom relacionamento entre escola e família. O ano de 2021 começa com tantas incertezas quanto foi 2020. Ter um canal de comunicação aberto e consistente, onde os pais podem falar de forma transparente com os professores, faz diferença para ambos os lados.


Em suma, a função da escola continua sendo formar cidadãos, e não apenas alunos que sejam capacitados para passar em um vestibular. A tecnologia é uma ferramenta, e não a base da educação. A base é a atenção ao aluno enquanto um ser humano completo.


A Faz Educação procura estar sempre atualizada quando o assunto é o futuro do ensino. Acesse nosso blog para ler mais sobre o assunto!


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