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Os 4 pilares fundamentais para aplicar a aprendizagem cooperativa

Descubra quais são os pilares para que a aprendizagem cooperativa seja bem-implementada e gere resultados.



A aprendizagem cooperativa é uma metodologia que se diferencia daquela empregada em uma sala de aula convencional. Nessa, é comum que o foco esteja em uma aprendizagem mais competitiva e individualista.


Já com as práticas cooperativas, os alunos têm mais oportunidades de participar ativamente de seu aprendizado, compartilhar e discutir suas ideias e internalizar seu aprendizado. Isso pode resultar em maior senso de realização individual e de grupo, relacionamentos mais saudáveis com os colegas, mais metacognição e autoestima e desenvolvimento mais consistente de competências socioemocionais.


Isso porque, quando bem-implementada, a aprendizagem cooperativa incentiva a realização, a discussão construtiva, o aprendizado ativo, a confiança do aluno e a motivação. As competências e habilidades que os estudantes desenvolvem enquanto colaboram com outros são diferentes daquelas desenvolvidas enquanto trabalham de forma independente, tornando os resultados mais abrangentes e completos.

Para se alcançar isso, entretanto, é importante que estejam presentes os pilares da aprendizagem cooperativa. Que tal conhecê-los? Continue a leitura e saiba mais sobre esses pilares!


O que é a aprendizagem cooperativa?


A aprendizagem cooperativa é baseada no trabalho em grupo, mas é muito mais do que isso. O elemento central da aprendizagem cooperativa é mostrar os efeitos positivos da interdependência, ao mesmo tempo em que se enfatiza a importância da responsabilidade pessoal.


Isso acontece naturalmente na aprendizagem cooperativa, pois os alunos trabalham uns com os outros, atuando como parceiros entre si e com o professor, se ajudando no processo de aprendizagem, mas todos como uma tarefa própria a realizar.


Assim, trata-se de uma metodologia na qual pequenos grupos de alunos trabalham juntos em uma tarefa comum. A tarefa pode ser tão simples como resolver um problema matemático de várias etapas, ou tão complexa quanto desenvolver um projeto para ser aplicado na comunidade.


Pilares da aprendizagem cooperativa


Como vimos, a aprendizagem cooperativa envolve os alunos trabalhando juntos para alcançar objetivos em comum, e é esse senso de interdependência que motiva os membros do grupo a ajudar e apoiar uns aos outros.


Quando os alunos trabalham cooperativamente, aprendem a ouvir o que os outros têm a dizer, a dar e receber ajuda, a ter mais empatia, a reconciliar diferenças e resolver problemas democraticamente.


No entanto, colocar os alunos em pequenos grupos e dizer-lhes para trabalharem juntos não garante que eles atuarão cooperativamente. Os grupos precisam ser estruturados para garantir que os membros trabalharão de forma interdependente para colher os benefícios cognitivos e sociais atribuídos a essa metodologia de aprendizagem.


É por isso que há elementos básicos que fazem a cooperação promovida nesse modelo funcionar. Não há nada de mágico em apenas colocar alunos em grupos. Para estruturar a aprendizagem cooperativa de forma eficaz, é preciso levar em conta os pilares fundamentais para essa abordagem. Os quatro principais são:


1. Interdependência positiva


A interdependência positiva existe quando os membros do grupo percebem que estão ligados uns aos outros de forma que nenhum deles terá sucesso na execução de uma tarefa ou vencimento de desafio a menos que todos tenham sucesso. Os membros do grupo percebem, portanto, que os esforços de cada um beneficiam não apenas a si mesmo, como também a todos os outros membros do grupo.


A interdependência positiva cria um compromisso com o sucesso de outras pessoas, bem como com o seu próprio e é o coração da aprendizagem cooperativa. Se não houver interdependência positiva, não haverá cooperação efetiva.


2. Produção individual


Diferentemente de outras estratégias, aqui é importante que, além do desafio compartilhado, haja também a responsabilização individual, que cada aluno sinta-se responsável por sua tarefa e pelo seu aprendizado dentro do grupo.


Os alunos devem compreender e aceitar que são responsáveis por uma significativa contribuição para o produto final do trabalho. Dessa maneira, posteriormente, se precisarem resolver um problema semelhante de forma individual, eles estarão preparados para isso.


3. Participação de todos


Para ser efetiva, todos os estudantes precisam ter oportunidade de participar das tarefas propostas. É preciso haver um equilíbrio entre atribuições, sem sobrecarga entre os membros do grupo.


Com isso, o grupo é responsável por atingir seus objetivos e cada membro deve ser responsável por contribuir com uma parte justa do trabalho em direção ao objetivo do grupo. Ninguém pode "pegar carona" no trabalho dos outros. O desempenho de cada aluno deverá ser avaliado, assim como os resultados alcançados pelo grupo.


4. Alta interação simultânea


Na interação sequencial, quando apenas um aluno por vez está envolvido na comunicação, geralmente o professor é o participante mais ativo na sala de aula, o que eventualmente pode gerar desatenção dos alunos e não estimular seu protagonismo.

As estratégias de aprendizagem cooperativa, ao contrário, são projetadas para produzir alta interação simultânea, de modo a envolver o maior número possível de alunos simultaneamente e tornar as práticas mais dinâmicas, engajadoras, inclusivas e centradas nos estudantes.


E então, ficou mais claro quais são os quatro pilares fundamentais para aplicar a aprendizagem cooperativa? Para continuar se aprofundando neste tema, que tal também assistir à nossa nova série “Metodologias Ativas na Prática”?




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