De acordo com o Ministério da Educação, a BNCC - Base Nacional Comum Curricular - é um documento de caráter normativo que define o conjunto de aprendizagens que todo aluno deve desenvolver ao longo das etapas da Educação Básica, estabelecendo os conhecimentos, competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes.
Entre os principais pontos de atenção referentes à Educação Infantil, destaca-se o fato de que a criança está no centro do processo educativo e que este deve oferecer a ela a capacidade de pensar sobre o mundo ao seu redor, por meio de observações e formulação de hipóteses.
Muitos professores, porém, têm dificuldade em encontrar instrumentos que possam ser utilizados na avaliação e no desenvolvimento do trabalho pedagógico.
O principal é ter em mente a importância da observação, tanto individual quanto coletiva, pois é fundamental que o educador possua registros diários do que acontece em sala de aula e no ambiente escolar.
Para compor esses registros, uma boa dica é investir na criação de portfólios, uma espécie de dossiê que reúne o percurso de aprendizagem dos pequenos. O que incluir nesse material? Atenção para algumas dicas!
Informações prévias, como o perfil de cada aluno e as características mais marcantes
Dados referentes às famílias que possam impactar no processo educativo
Diários de aprendizagem sobre o desempenho de cada aluno
Atividades realizadas mais relevantes
Fotos
Registros de eventos dos quais a criança participou
Anotações sobre casos específicos, comportamentos e dificuldades apresentadas
Vídeos e depoimentos
Resultados alcançados
Para organizar o portfólio, vários formatos podem ser adotados, como pastas modelo catálogo com envelopes plásticos, encadernação de folhas impressas, versões digitais em CD ou DVD com arquivos desenvolvidos no PowerPoint ou até mesmo em plataformas online de publicação, como o ISSUU.
Usar esse tipo de instrumento de avaliação traz muitos benefícios, como a possibilidade de o professor ter em mãos um diagnóstico precioso que poderá ser usado para identificar possíveis lacunas e necessidades de aprendizado, além de ser uma forma de valorizar o trabalho da criança, dividindo as conquistas e desafios com os pais ou responsáveis, o que gera um envolvimento importantíssimo para o processo de ensino e aprendizagem.
Dá trabalho? Sim, ainda mais se a turma for grande, mas é uma forma extremamente didática e visual de avaliação, garantindo que o professor tenha em mãos ferramentas de análise e base para tomadas de decisão.
E aí, que tal pensar nessa ideia? Bom trabalho!
* Carolina Redlich Xavier é formada em Relações Públicas e é especialista em Gestão de Pessoas com Ênfase em Desenvolvimento Organizacional. Possui pós-graduação em Comunicação Corporativa, Marketing e Mídias e MBA em Gestão da Comunicação Integrada. Trabalha na área educacional há mais de cinco anos e atualmente é estudante de Psicanálise.