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6 princípios da neurociência na educação

Atualizado: 23 de nov. de 2022

A aplicação da neurociência na educação gera resultados rapidamente mensuráveis: é o ensino e a aprendizagem pautados sobre o funcionamento cerebral


Quando atuante, a neurociência na educação tem um potencial transformador dos aspectos de aprendizagem e, sobretudo, de ensino.


A partir de pesquisas coordenadas pelos principais laboratórios de neurociência pelo mundo, foi possível não só refletir como aprimorar o processo de aprendizagem.


No entanto, mesmo que tenhamos um sem-número de pesquisas que refletem o processo educacional através da neurociência, a instrumentalização para a educação ainda é escassa.


A neurociência na educação tem por objetivo aumentar potencialmente a qualidade do aprendizado.


Através dos conhecimentos constituídos acerca da forma como o cérebro funciona, ao longo do tempo foram constituídos critérios que influenciam positivamente o ensino.


A neurociência na educação e o que podemos aplicar para aprendermos mais e ensinarmos melhor


O processo educacional é um sistema dialógico e envolve, de um lado, o ato de ensinar e, de outro, o de aprender. No entanto, por mais óbvio que isso seja, o processo de ensino envolve necessariamente o de aprendizagem. Assim, é essencial que se entenda o impacto que cada ação causa, seja aquela voltada ao ensinar ou aquela voltada ao aprender.


Hoje vamos tratar de alguns conceitos essenciais para compreender os conceitos da neurociência na educação e como aplicá-los pode ser realmente transformador.


O cérebro precisa de alimento


Para além da energia que os alimentos fornecem para o corpo e para a água que nos hidrata, ele ainda precisa de fontes bem específicas.


Elas se concentram especialmente em conhecimentos, informações e construções coletivas de novos saberes.


Segundo a neurociência, na educação isso é potencializado através do movimento do corpo.


Assim, para aplicar esse conceito, experimente fazer atividades com os discentes em movimento, tal como os filósofos peripatéticos, que discutiam a Filosofia enquanto caminhavam.


Dinâmicas, jogos e outras atividades que envolvam a melhora da circulação sanguínea tem também o poder de potencializar o registro da informação.


Isso em detrimento, justamente, da educação formal que nos coloca sentados, enfileirados e sempre voltados para o professor.


A neurociência na educação determina: aprendemos mais quando nos sentimos seguros


Segurança necessariamente depende do fato de conhecermos as pessoas que sentam ao nosso redor e convivem conosco. Assim, quanto maior for a sensação de que aprendemos juntos, construímos saberes juntos e participamos juntos desse mesmo grupo, mais seguros nos sentiremos.


E parte disso se revela quando temos, por exemplo, dúvidas. Se nos sentirmos acolhidos a fazer perguntas e respeitados em nossa fala, melhor aprenderemos. Isso porque, segundo a neurociência na educação, é a partir do sentimento de pertencimento que desenvolvemos empatia, o que melhor representa uma comunidade de conhecimento.


A convivência nos faz aprender mais


O cultivo das relações interpessoais nos faz aprender mais porque, através da comunicação, trocamos experiências construtivas e complementares ao processo educacional. Isso porque, quando falamos com nossos colegas e amigos, a partir das nossas próprias formulações, transformamos a linguagem formal do professor em nosso próprio código de fala.


Assim, quanto mais atividades conjuntas - desde que direcionadas - possamos propor e quanto mais interação houver entre os colegas, maior será o aproveitamento da aula. Dessa forma, fortalecem-se vínculos e, sobretudo, a expressão e o processo dialógico que fundamenta todo o processo educacional.


A neurociência na educação aponta a emoção como essencial ao ensino e à aprendizagem


Quem não se lembra de um filme, de um livro, de uma peça ou mesmo de uma aula que transformou a sua vida? Isso ocorre, sobretudo, por conta de emoções que foram sentidas no momento em que vivemos aquela experiência. Assim, podemos afirmar que lembramos mais e aprendemos melhor quando, de alguma forma, somos afetados.


As emoções, quando sentidas de forma mais positiva, são capazes de potencializar nossa criatividade, bem como nosso raciocínio lógico. Quando nós nos divertimos, conseguimos nos concentrar mais e, portanto, registrar mais informações.


Veja, por exemplo, as aulas dos cursinhos pré-vestibular que mais aprovam. Embora sejam absolutamente planejadas para cobrir todo o conteúdo previsto para a aplicação da prova e muito exigentes quanto à dedicação do aluno, são também muito divertidas.


São os conceitos da neurociência na educação aplicados de forma plena para alcançar os melhores resultados de aprendizagem.


A atenção é decisiva para o aprendizado


O dia de aula é extenuante para a maioria dos alunos. São cinco aulas de 50 minutos, de várias disciplinas diferentes, com conteúdos diferentes que pouco ou nada são interligadas. Diante disso, a atenção costuma ser rapidamente dispersada, o que compromete gravemente o processo de retenção do conhecimento por parte do discente.


Assim, a neurociência na educação revela que cada momento de interação entre os discentes e o docente deve ser aproveitado para a recuperação de conteúdos da aula. Dessa forma, asseguramos que retomamos a atenção do corpo discente e conseguimos efetivar a retenção do conhecimento.


O estímulo é essencial


Segundo estudos, o tempo de concentração de adolescentes não ultrapassa 10 minutos contínuos. No entanto, quanto mais estimulados, quanto mais atenção chamamos e interagimos, mais aumentamos a janela de atenção, interrompendo fluxos de apatia. Assim, é essencial que desenvolvamos um método de resgate do discente seja possibilitando mais interação ou despertando emoções.


Por fim, tudo aquilo que de alguma forma nos estimula, nos ajuda a registrar informações e conhecimentos.


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