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As etapas do processo de escrita nos anos iniciais

Ensinar o processo de escrita é uma forma de ajudar os alunos em produções textuais desde os anos iniciais até o vestibular. Saiba mais!

As etapas do processo de escrita nos anos iniciais

O processo de escrita é um dilema para muitos alunos. Para muitos professores, no entanto, ele é simples: os alunos só precisam escrever sobre o tema proposto.


O problema é que “só escrever” não é a tarefa mais fácil. Na verdade, é uma dificuldade que vai crescendo na mesma medida em que todas as disciplinas vão ficando mais difíceis.


Ao final da jornada escolar, alguns alunos terão o domínio do texto escrito por conta dessas atividades. Porém, muitos ainda não saberão como começar a escrever, e nem se o que foi escrito atende às expectativas do gênero.


Por isso, é preciso transformar essas atividades com o processo de escrita. E o ideal é começar nos anos iniciais, oferecendo uma fundação para os próximos anos.


Confira abaixo as etapas que vão auxiliar nesse processo:


6 etapas para o processo de escrita


As etapas abaixo não precisam ser repetidas integralmente sempre que houver uma nova produção a ser feita. Porém, são bons guias para que professores e alunos se direcionem nessas atividades.


1. Leitura


A leitura é a etapa zero do processo de escrita, que o precede, mas também o procede. Afinal, todos os textos produzidos terão leitores.


Ela não apenas estimula a conversa sobre o assunto em questão e aumenta o vocabulário dos alunos, mas também insere o gênero a ser escrito. Por exemplo, artigos, crônicas, narrativas, poemas, etc.


O ideal é que mais de um texto seja lido antes do processo de escrita. Assim, os alunos se familiarizam com o gênero e compreendem o que é esperado deles.


A leitura também estimula a criatividade. Saiba como isso faz diferença na educação infantil!


2. Conversa


Ainda não é hora de pegar o lápis e o papel. É hora de conversar sobre o que foi lido de maneira a engajar os alunos na escrita.


Fale sobre os temas dos textos lidos. Então, sobre seus personagens, e o que é importante na história deles. Comente sobre as palavras escolhidas e as estruturas.


Peça opiniões dos alunos e comece a mexer com a imaginação deles. Pergunte como eles encerrariam a história, se fossem os escritores.


Jogos de linguagem também podem ajudar no processo de escrita. Conheça alguns aqui!


3. Planejamento


Toda escrita precisa ser previamente planejada. Mesmo o mínimo de planejamento pode tornar o processo de colocar palavras no papel mais simples.


Por isso, ensine os alunos a fazerem o planejamento de acordo com o tipo de um texto. Em um conto, por exemplo, você pode instruí-los a planejar os personagens, a localização e os pontos principais da história.


A Copa do Mundo pode ser um dos temas para a produção textual.



4. Primeira versão


Mesmo grandes escritores escrevem um primeiro rascunho dos seus livros e, depois, reescrevem. Estimule os alunos a fazerem o mesmo, escrevendo uma primeira versão que será reescrita.


Antes da entrega da primeira versão, faça um checklist com os alunos, também de acordo com o gênero textual. Por exemplo:


  • O texto tem título?

  • Há uma conclusão?

  • Dividi o texto em parágrafos?

  • Coloquei ponto nas frases?

  • Todos os nomes próprios têm letra maiúscula?


5. Avaliação


A avaliação, nesse caso, não se refere à nota do aluno no processo de escrita. Mas sim à leitura das primeiras versões e à análise do que pode ser melhorado.


É importante fazer isso com cuidado, evitando críticas que não venham com soluções. Os alunos precisam aprender a melhorar, e não apenas ver o que tem de errado no texto.


Em turmas mais avançadas, pode ser uma boa ideia fazer essa avaliação em pares. Os alunos leem os textos uns dos outros e aprendem com as habilidades e com os erros dos colegas.



6. Reescrita


Por fim, vem a reescrita, ou a versão final do texto. Nesse momento, o aluno deve ter o resultado da avaliação em mãos e entender no que pode melhorar.


Na reescrita, ele deve aplicar o que viu na avaliação e fazer, novamente, o checklist para ver se não se esqueceu de nada.


Esse processo de escrita estimula bons hábitos que serão úteis em toda a vida escolar. Quando chegar a hora de escrever a redação do vestibular, o aluno já vai entender seus próprios pontos fortes e fracos, e “só escrever” não será mais um mistério.


Assista também sobre alfabetização e letramento:

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