Mensagens em tempo real, carros com bluetooth, vídeo chamadas, monitores sensíveis ao toque e milhões de aplicativos à nossa disposição. Você também às vezes para e pensa sobre como era o mundo sem a tecnologia que temos nos dias atuais? Como íamos a um lugar desconhecido sem o GPS? Como passávamos horas procurando um telefone na lista? Como aguentávamos esperar até a meia noite para conectar a internet?
O mundo se transformou e é bobagem tentar fugir da realidade que nos cerca: todos nós somos, de alguma forma, dependentes da tecnologia e, se soubermos utilizá-la, ela facilita, e muito, a nossa vida. Mas será que para todos é assim? Imagine como seria ficar de fora das inovações?
A acessibilidade à informação e ao conhecimento é umas das ferramentas mais poderosas que temos, porque vai definir a exclusão ou inclusão dos indivíduos.
Partindo desse princípio, convido você a refletir. Como garantir que pessoas com deficiências físicas ou mentais também tenham acesso à tecnologia? É fundamental entender que a verdadeira inclusão é aquela que promove a diminuição das dificuldades e garante que todos possam aprender, desenvolvendo suas potencialidades.
Nesse contexto, é importante citar o conceito de tecnologias assistivas, uma área do conhecimento que se baseia na interdisciplinaridade, integrando recursos, tecnologias e metodologias para garantir que pessoas com deficiências estejam realmente inseridas no processo educativo com qualidade de vida e autonomia.
Você também está se perguntando por onde e como começar?
Repense o Projeto Político Pedagógico, pois a inclusão vai além de ter um espaço físico adaptado. É primordial que as políticas educacionais sejam pautadas em práticas pedagógicas que atendam a todos os alunos, considerando suas particularidades;
Valorize o diálogo entre a escola e a comunidade escolar, envolvendo as famílias em momentos de conversa e troca de experiências sobre diversidade e respeito;
Invista na formação de professores para que, com o suporte necessário, eles possam ser agentes transformadores e criar uma rede de apoio que garanta a inclusão.
A tecnologia também é uma grande aliada nesse momento. Atualmente, já existem softwares gratuitos que podem ser utilizados pelos educadores como instrumentos de inclusão, buscando novos caminhos de promover o conhecimento.
Veja alguns exemplos:
DOSVOX: sistema destinado ao uso do computador por meio do controle de voz. Indicado para quem possui deficiência visual e dificuldades de leitura e escrita.
SOROBÃ VIRTUAL: ábaco de desenvolvimento lógico matemático com foco em estudantes com baixa visão e dificuldades em operações matemáticas.
NVDA: leitor de tela em código aberto para deficientes visuais e motores.
JECRIPE: game para estimulação indicado aos portadores de Síndrome de Down.
MECDAISY: permite a leitura e produção de livros em formato digital acessível. Indicado para alunos com deficiência visual e dificuldades de leitura e escrita.
Fonte: novaescola.org.br
A inclusão não é só um dever da escola, mas a escola deve ser exemplo ao oferecer uma educação que acende o anseio pelo saber, que liberta, promove descobertas e faz sonhar.
* Carolina Redlich Xavier é formada em Relações Públicas e é especialista em Gestão de Pessoas com Ênfase em Desenvolvimento Organizacional. Possui pós-graduação em Comunicação Corporativa, Marketing e Mídias e MBA em Gestão da Comunicação Integrada. Trabalha na área educacional há mais de cinco anos e atualmente é estudante de Psicanálise.