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Volta às aulas em 2022: como deve ser?

Confira projeções e recomendações para planejar a volta às aulas em 2022.


Menina negra usando máscara indo para a escola.

Um novo ano letivo está começando. Embora a pandemia global pareça ter se tornado mais gerenciável no momento, esta volta às aulas não será como nenhuma outra.


O ciclo de 2022 traz consigo a oportunidade de um retorno desejado, porém, também, desafios e adaptações impactantes para toda a comunidade escolar. Isso demandará cuidados e planos de ações focados não somente no aspecto pedagógico, mas, sobretudo no socioemocional.


A seguir, conheça algumas das principais projeções sobre como deverá ser a volta às aulas em 2022 na educação básica.



A volta às aulas em 2022 não deve ser uma volta "ao normal"


Ao levantar expectativas e objetivos para o novo ano letivo, é importante ter em mente que esta não é uma retomada exata ao ponto em que se estava antes da pandemia nem ao mesmo tipo de realidade registrada anteriormente.


Este é um momento ímpar em nossa história e na vida de cada um. Portanto, é importante considerar esse contexto ao planejar a volta às aulas em 2022.


Durante a pandemia, cada aluno lidou com o aprendizado de maneira diferente, alguns, enfrentaram grandes desafios mentais ou, mesmo, de infraestrutura tecnológica para continuarem estudando.

Portanto, é fundamental considerar a "bagagem" dos estudantes, suas vivências recentes, desafios e necessidades na hora de projetar este retorno. Assim, o planejamento não será o "normal" que tínhamos antes, será preciso alinhá-lo à realidade atual e suas novas exigências.



Volta às aulas com o desafio de enfrentar a defasagem causada pela pandemia


Outro ponto importante desta volta às aulas está em se lidar com a defasagem. Embora muitos alunos tenham conseguido se adaptar ao ensino a distância, remoto ou híbrido, outros não conseguiram manter o mesmo ritmo de aprendizado.


De fato, conforme a pesquisa Resposta Educacional à Pandemia de Covid-19 no Brasil, em 2020, pouco mais do que 50% das escolas públicas relataram ter conseguido cumprir o calendário de aulas. Esse dado ajuda a ilustrar a necessidade de vencer lacunas acumuladas no aprendizado dos alunos ao longo da pandemia.


Fazer uma avaliação diagnóstica pautada nas habilidades da BNCC e buscar estratégias de personalização, portanto, serão iniciativas indispensáveis neste retorno, sempre atentando-se ao bem-estar mental dos alunos em todas as etapas.



Assista ao vídeo do nosso consultor educacional Ton Ferreira sobre a retomada às aulas:


Maior foco no acolhimento emocional na volta às aulas


O foco principal no início deste ano letivo deve ser a criação de um ambiente acolhedor, no qual os alunos tenham um sentimento de pertencimento e se sintam seguros. Um espaço no qual eles se sintam bem-vindos será um importante atenuante da ansiedade e da apreensão em torno do retorno às aulas sentidas por alguns alunos e pais.


Portanto, este retorno deverá ser marcado por uma priorização do acolhimento e dos aspectos emocionais, de modo a criar um ambiente favorável para o aprendizado e evitar situações de evasão e aumento das lacunas de aprendizagem.


Com este cuidado, o desenvolvimento integral do aluno deverá ser incentivado. Afinal, como afirmou o neuropsicólogo infantil José Ramón Gamo, nosso "cérebro precisa de emoções para aprender”.


Assim, sem ajudar o aluno a restabelecer sua segurança emocional e lidar primeiro com suas emoções, que podem ser bastante conflitantes neste momento, os educadores terão dificuldade em engajá-lo para o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades e competências, como as socioemocionais, previstas na BNCC.



Tecnologia também deve marcar a volta às aulas em 2022


A educação é um direito que consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em nossa Constituição Federal. Durante a pandemia, a tecnologia contribuiu para que o acesso a esse direito ocorresse de uma nova maneira.


E, na volta às aulas em 2022, os aprendizados e benefícios oferecidos por ela deverão continuar fazendo parte da rotina escolar, mesmo em um retorno 100% presencial.


Afinal, a pandemia fez com que a alfabetização digital dos educadores avançasse, possibilitando a exploração de novas formas e abordagens criativas, personalizadas e engajadoras para estimular o aprendizado.


Neste momento, no qual será preciso buscar caminhos mais customizados para lidar com as necessidades diferentes de cada aluno, a tecnologia deverá ser novamente uma aliada, permitindo contemplar diferentes ritmos e estilos de aprendizagem adequados para os estudantes.



Volta às aulas com maior envolvimento dos familiares


De maneira geral, com a pandemia, houve maior envolvimento dos pais e responsáveis com a educação das crianças e dos jovens. E isso também aproximou os familiares da escola.


Na volta às aulas em 2022, deveremos manter essa importante parceria, tão benéfica para os alunos.


Assim, além de planejar a acolhida aos estudantes, é fundamental projetar iniciativas e canais de comunicação com os familiares neste retorno.


Isso será especialmente relevante para demonstrar os cuidados e protocolos adotados neste retorno, de modo a fazer com que todos se sintam seguros, e para que as propostas para vencer a defasagem sejam bem-sucedidas.


Assista ao vídeo do nosso consultor educacional Ton Ferreira sobre o assunto:



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